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sábado, 17 de maio de 2014

Brasil apoia criar santuário para baleias na região do Atlântico Sul

Proposta lançada com a Argentina ganha adeptos de outros continentes

LUCAS TOLENTINO

A integração entre governo, comunidade científica e sociedade será o foco das ações brasileiras de conservação da biodiversidade marinha. O posicionamento foi defendido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta sexta-feira (21/03), no encerramento do Seminário Internacional sobre o Santuário das Baleias do Atlântico Sul, em Salvador. A construção de um espaço de proteção desses animais está entre as propostas defendidas pelos participantes do evento.

A preservação das baleias é um compromisso brasileiro. Para Izabella, todas as propostas para a questão devem ser apresentadas e debatidas entre os setores envolvidos. "Há uma nova perspectiva e é preciso que todos os grupos trabalhem juntos para aumentar as nossas vozes, o nosso poder de alcance", declarou. "Não é uma tarefa fácil, mas é possível."

SANTUÁRIO

A proposta de criação do santuário foi apresentada pelos governos do Brasil e da Argentina. O objetivo é transformar o Atlântico Sul em um local onde se possa garantir a conservação, a longo prazo, das baleias em todo o ciclo de vida, além de preservar os habitats, as áreas de alimentação e as rotas migratórias, com prioridade para o processo reprodutivo. O espaço incentivará, ainda, a sustentabilidade e atividades como ecoturismo e educação ambiental. 

A pesquisa não letal, prevista pelo projeto, permitirá o monitoramento de espécies quase extintas pela caça no passado e a atuação diante de possíveis ameaças. Os estudos viabilizarão medidas capazes de minimizar impactos ambientais e desenvolver ações para identificar os padrões de movimento das baleias. Nesse cenário, a proposta tem, também, o apoio do Uruguai, África do Sul, países da União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, entre vários outros.

SOCIEDADE

A questão deve ir além da comunidade científica. A ministra ressaltou a importância das pesquisas e do cenário acadêmico nas ações de preservação das baleias no Atlântico Sul, mas enfatizou a necessidade de envolver o restante da sociedade. "É hora de encontrar uma nova forma de comunicação internacional e ir além da ciência, mobilizando os outros atores que podem trabalhar juntos", declarou.

A conservação marinha aparece como destaque no cenário internacional. Izabella afirmou que a questão será um dos focos da delegação brasileira na Conferência das Partes da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), marcada para ocorre no segundo semestre deste ano, na Coreia do Sul. "Será uma grande oportunidade não só para as baleias, mas também para as tartarugas e a conservação marinha como um todo", afirmou. "O diálogo com outros países no âmbito da cooperação Sul-Sul é essencial para o alcance dos nossos objetivos".

Organizado pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e das Relações Exteriores (MRE), o seminário foi patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental e reuniu representantes do Instituto Baleia Jubarte, de organizações não governamentais e dos governos de 12 países africanos e caribenhos, além do Brasil, dos parceiros latinos que formam o Grupo de Buenos Aires e de aliados na conservação das baleias, como Austrália, Reino Unido e México. 



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