A ALEGRIA INVADIU MINHA ALMA

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Big Meu Lindo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

COMÉRCIO BILATERAL ÍNDIA BRASIL

COMÉRCIO BILATERAL ÍNDIA BRASIL
O intercâmbio comercial entre o Brasil e a Índia apresentou crescimento de 22,8% ao ano, alternando períodos de expansão e retração, ao longo do qüinqüênio de 1992-1996. Tal expansão é superior à ocorrida no intercâmbio comercial entre o Brasil e a Ásia, que foi de 19,6% ao ano, no mesmo período. No âmbito da Ásia, em 1994, ano de melhor desempenho do intercâmbio comercial entre os dois países, a Índia posicionou-se como o quinto maior parceiro comercial do Brasil e absorveu cerca de 5% do comércio do Brasil com aquele continente. Entretanto, o volume de trocas entre Brasil e Índia mostra-se ainda pouco expressivo, representando menos de 1% no total do comércio exterior do Brasil.


A concentração da pauta de exportação para a Índia segundo as mercadorias

Apenas dois capítulos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, que englobam basicamente petróleo e óleo de soja, responderam por 75,82% das exportações brasileiras destinadas à Índia, em 2002: Capítulo 27 - combustível, óleos e ceras minerais, responsável por 51,01% da pauta; e o Capítulo 15 - Gorduras óleos ceras origem animal/vegetal, com 24,81%.


Pauta de exportações do o Brasil:

Químicos orgânicos, óleo diesel, produtos farmacêuticos, produtos de plástico e borracha, bens de capital, produtos elétricos e eletrônicos, extratos e tinturas para curtimento, óleos essenciais, goma e laca, ferro e aço, têxteis, chá, tempero, gorduras e óleos vegetais, filmes de poliéster, artigos de papelaria, produtos de vidro, couros em bruto e produtos agrícolas.


A concentração da pauta de importação brasileira originária da Índia segundo as mercadorias

Apenas três capítulos da NCM, que tratam principalmente de óleo de petróleo (Capítulo 27), produtos químicos orgânicos (Capítulo 29) e produtos farmacêuticos (Capítulo 30), responderam por 76,78% das importações brasileiras originárias da Índia, em 2002: o Capítulo 27 participou com 48,03%; o Capítulo 29 com 19,94%; e o Capítulo 30 com 8,82%.


Pauta de importações do Brasil

Açúcar, produtos de ferro e aço, minério de ferro, couro, óleo de soja, pedras preciosas e semipreciosas, químicos, fio de seda e equipamentos e maquinarias.


Setores com excelentes perspectivas (intercâmbio Brasil-Índia)

Produtos farmacêuticos, medicamentos e helthcare.

Aviação (Embraer): jatos e helicópteros.

Produtos de engenharia, autopeças e automóveis.

Produto de etanol na Índia com tecnologia brasileira e venda de etanol produzido no Brasil, na Índia.

Fabricação de motocicletas indianas no Brasil. Empresas interessadas: TVS e Bajaj Auto.

Colaboração nos setores de TI e Software.

Colaboração nos setores financeiros e bancos, com abertura de linhas de crédito.

Infra-estrutura urbana, como proposta de ferrovia, rodovia, hidrovia, energia elétrica, abastecimento de água e gás, construção de residências.

Setor e alimentos processados crescendo a 130% ao ano. Mercado de leite, derivados, carne, ovos, peixe, frutas e bebidas em expansão.

Bens de consumo.



Principais mercados em desenvolvimento na Índia

Telecomunicações;

Biotecnologia;

TI e ITES;

Indústria farmacêutica;

Automóveis;

Comida processada.



Negociando com Indianos

Como todos os povos, existem algumas particularidades culturais que devem ser observadas para que os negócios se desenvolvam de maneira fluida:

Os indianos não apreciam a denominação inglesa de suas cidades, e muitas vezes, o corrigem de imediato. Dê preferência aos nomes indianos de Mumbai, Kolkata e Chennai.

A língua inglesa é a mais importante nas relações comerciais. Entretanto uma parcela significativa da população fala apenas as demais línguas e dialetos. Normalmente os empresários mais jovens falam o inglês. Portanto nas negociações e correspondências este é o idioma.

O período mais indicado para visitas à Índia é durante o inverno, meses de outubro a março, quando está a temperatura mais agradável.

Os empresários indianos são hospitaleiros e fiéis as suas tradições. São receptivos aos estrangeiros, mas não deixam de demonstrar sua desconfiança. Sempre que possível se apresente através de uma referência.

Quando apresentado a uma mulher nunca estenda sua mão. Aguarde que ela lhe cumprimente, e na maioria das vezes o fará com um aceno de cabeça.

Recomenda-se sobriedade no vestir e pontualidade nos horários das reuniões agendadas. O cartão de visita deve sempre ser entregue com a mão direita e com o logotipo e o nome voltado para quem o recebe. Sempre o entregue na mão e nunca o coloque sobre a mesa.

À mesa utilize sempre que não houver talheres, a mão direita para pegar os alimentos e louças.

Lembre-se que a vaca é um animal sagrado que não deve ser tocado ou afugentado.

O sinal de sim com a cabeça é horizontal e não vertical; homens abraçados ou de mãos dadas é comum nos países orientais e asiáticos e representam amizade e fraternidade. Casais não andam de mãos dadas e o beijo, mesmo na face, não é dado em público.

O indiano é vaidoso e usa jóias em formas de anéis com pedras e as mulheres com pintura vermelha na testa, perto do couro cabeludo, normalmente indica serem casadas.



Crescimento: A melhor lição da Índia para o Brasil

A Índia tem muito mais semelhanças com o Brasil do que se pode perceber numa primeira análise. Infra-estrutura deficiente (portos congestionados, rodovias e estradas de ferro precárias, falta de energia) excesso de burocracia, alta carga tributária, legislação trabalhista anacrônica, ambiente hostil aos negócios e um governo que gasta muito – e mal. O país também vem protelando as reformas tributária e fiscal. Em matéria de gastos públicos a Índia não apenas gasta mais que o Brasil em relação ao PIB como sua dívida pública é maior: equivale a quase 80% do PIB. A corrupção é a principal preocupação dos empresários indianos para o desenvolvimento dos seus empreendimentos a importação de bens de consumo.


Padecendo dos mesmos males que o Brasil, Na Índia, apesar de tudo, o saldo é muito favorável e o país cresce a uma média de 8% ao ano e o lucro das empresas aumentou 40% em 2005, segundo a Confederação da Indústria da Índia (CII). Por isto ela se torna cada vez mais atraente para os negócios e investimentos e maioria dos países industrializados aumenta sua presença comercial no país.


Afinal qual o mistério da Índia que consegue crescer tanto tendo problemas tão semelhantes aos do Brasil? A resposta segue em 12 lições que contribuem para o crescimento do país asiático.

Mentalidade global: As principais empresas indianas não limitam sua atuação ao mercado nacional (querem mais que isto). Almejam ser as melhores do mundo em suas áreas de atuação para vencer na disputa dos mercados com qualquer concorrente. O Grupo Tata, por exemplo, atua nas áreas de siderurgia, eletricidade, telecomunicações, tecnologia, indústria automobilística e produção de chá, com receitas de mais de 21 bilhões de dólares em 2005. O Grupo está presente em mais de 40 países dos cinco continentes.

Foco no desenvolvimento: Crescimento é a palavra de ordem na Índia. A prioridade é gerar riquezas para melhorar a qualidade de vida para sua imensa população. Este crescimento tem sido buscado com estabilidade de preços.

Planejamento econômico: A Índia tem uma tradição de planejamento econômico; qualquer estatística vem sempre acompanhada de projeções para o futuro.

Empresários pró – ativos: homens de negócios indianos parecem mais dispostos a empreender apesar dos problemas estruturais do país. Além da tradição de planejamento econômico o sucesso do país pode ser contabilizado, acima de tudo, à iniciativa privada. Não aconteceu por causa do governo, mas apesar dele. Por isso se diz que “Na Índia, quando o governo dorme, a economia cresce”. De alguma maneira os empresários indianos parecem ter encontrado uma forma de vencer suas dificuldades e contornar a burocracia. Lá eles parecem ter suas próprias agendas de crescimento e procuram implementá-las independente do partido que esteja no poder. Como os bons vendedores que são, os empresários atuam em parceria com o governo, em nome do interesse do país.

Marketing eficiente: Visando divulgar o país e promover seu novo perfil desenvolvimentista, a Índia veiculou uma campanha publicitária altamente eficiente, intitulada Índia Everywhere (Índia em todo lugar). A campanha publicitária foi um sucesso.

Crédito barato: Na Índia o crédito pessoal custa em média 26% ao ano. No Brasil, 90%, funcionando como uma alavanca da economia.

Investimentos em pesquisa: Um país que tem pretensões de se tornar importante no mercado global tem que investir em pesquisa. Na Índia, pelo menos 250 universidades têm o compromisso de desenvolver projetos que possam ser efetivamente implementados pela economia.

Economia ancorada no setor serviços: Ao invés de disputar com a grande indústria no mundo, a Índia preferiu tornar-se uma potência na exportação de serviços. Dessa forma conquistou seu próprio espaço no mercado internacional. Boa parte do bom desempenho da Índia neste segmento se deve a serviços da área de tecnologia de informação (TI) e informática. Ao contrário do que muitos pensam o sucesso da Índia no setor de tecnologia não está na produção de softwares para consumo de massa, mas na produção sob medida para grandes e médias empresas do mundo todo.

Produtos populares: Na Índia quem ganha mais que dois mil dólares por ano é considerado classe média. Por isto não se pode deixar de considerar o poder de compra das classes de menor poder aquisitivo.

Massificação do microcrédito: Alcançando a população de baixa renda, menosprezada pelos bancos tradicionais, este sistema de crédito beneficia 32 milhões de indianos. Os recursos são tanto para reforçar o orçamento doméstico como para viabilizar ou oxigenar os pequenos negócios.

Elevada Auto-estima: A Índia parece cultiva uma imagem muito positiva de si mesmo, apesar de todos os problemas que apresenta e das dificuldades que enfrenta para resolvê – los. Os indianos jamais consideram a si ou aos seus produtos como inferiores e isso ajuda a criar um clima favorável no país.


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