"Mesmo que possuas dez mil acres, só podes comer uma medida de arroz por dia; mesmo que tua casa tenha mil quartos, só precisas de oito pés de espaço para dormir."
(Provérbio chinês)
Diante dessa mais pura realidade, fica uma pergunta para as nossas vidas: do que adianta afinal de contas toda essa agonia e ansiedade, em juntarmos em torno de nós mesmos tantas coisas, na sua grande maioria desnecessária?
Cada um de nós, sempre necessita das mesmas coisas para a sua sobrevivência e evolução nesse plano físico.
Somos em iguais necessidades básicas, variando apenas nas nossas próprias definições do que significa felicidade e se sentir bem na nossa própria vida.
No final das contas, é quase tudo a mesma coisa.
Um lugar para morar, se proteger do sol e da chuva, comida suficiente para se matar uma fome de momento, roupas (que em certas comunidades,nem se precisa ).
A verdade é que, tudo o que tanto achamos que necessitamos para nos sentir felizes, sempre terá a medida do nosso ego e da nossa ambição.
Jamais esses excessos acumulados por toda uma vida, será o espelho do que realmente precisamos na nossa existência.
Já parou para observar um cortejo fúnebre e ver o que o moribundo leva ao túmulo?
Absolutamente nada!
Nenhum caminhão de mudanças poderá acompanhar o seu funeral, por simplesmente tudo nesse ímpar momento, perder seu valor e utilidade.
É interessante salientar que, não foi de repente que tudo perdeu sua utilidade valor, fomos nós que passamos uma vida inteira sem perceber que nada daquilo possuía tanto valor, além do que serviria para nossa própria sobrevivência.
É lamentável percebermos, o quanto esses excessos nas vida de alguns, fazem outras pessoas sequer possuírem o básico para a sua sobrevivência.
Excessos de um lado, com uma total falta do básico em outra parte!
A nossa passagem de tempo por esse plano físico é pequena demais, para gastarmos tanto tempo das nossas vidas acumulando tantas coisas!
Não vai significar um ser humano não ter uma ambição saudável, dentro do limite da sua realidade; mas em sempre perceber o quanto essas coisas são ainda assim fúteis, diante da eternidade da vida, onde as coisas materiais não contam nada na sua percepção.
De nada vai valer em se ter armários abastecidos, contas bancárias altíssimas, morar em verdadeiros palácios, se não perceber que, também poderia viver bem tendo apenas o básico para sua sobrevivência nesse planeta.
A maior questão, não é possuir pouco ou muito.
Mas, jamais esquecermos que, o que somos no nosso íntimo, sempre será bem maior e bem mais importante do que, tudo que possamos juntar durante toda uma vida.
(Raquel Free)