A ALEGRIA INVADIU MINHA ALMA

A ALEGRIA INVADIU MINHA ALMA
Big Meu Lindo.

sábado, 31 de maio de 2014

Índia é um país do Sul da Ásia. Em hindi: भारत (Bharatha)

Regiões

A Índia está dividida em 28 estados e 7 territórios (6 da união e um da capital), agrupados por regiões:
Himalaia (alaranjado), região montanhosa ao norte
Central (em amarelo no mapa), onde se situa a capital, Nova Déli
Oeste(verde), sendo Goa e Mumbai os destinos mais famosos
Sul(roxo) com Kerala e Tamil Nadu
Leste(azul), com Calcutá e Puri
Nordeste(magenta), a região mais distante


Cidades

Nova Déli
New Delhi, ou Nova Delhi, é o melhor destino para quem desembarca na Índia pela primeira vez.
Assim que você sai daquele ambiente artificial e padronizado dos aeroportos internacionais de todo o mundo, você já é arremessado ou tragado pela atmosfera tipicamente indiana.
Ao chegar em Delhi pela primeira vez todo mundo tem uma sensação do tipo “pegar ou largar,” amar aquilo de imediato e querer aderir à Índia, ou literalmente sair correndo de volta para o ar-condicionado do aeroporto e desejar pegar o primeiro avião de volta para qualquer destino.
Ao sair na rua você vai ver aquela multidão de pessoas calmamente sentadas para comer ou deitadas para dormir na rua, ou fazendo as suas necessidades fisiológicas, em meio àquelas vacas de rua que esmolam calmamente dos transeuntes, uma multidão de táxis querendo disputar você a tapa, de ambulantes, de curiosos, o barulho dos ônibus fumacentos avisando que já estão para partir, o cheiro de fritura no óleo de mostarda, de fogareiros queimando esterco de vaca seco e aquela algazarra que só existe mesmo na Índia.



Se você já sabe o nome do seu hotel e tem o endereço, combine no guichê de táxis pré-pago o preço da corrida e certifique-se que o motorista compreendeu bem o seu destino! Se não souber onde ficar sugiro que combine uma corrida até Pahad Ganga, um bairro próximo à estação ferroviária de New Delli (cuidado, pois existe outra estação bem mais distante chamada Old Delli), onde você vai encontrar hotéis bons e a preços módicos.
Descanse bem, pois chegar na Índia sempre é cansativo, devido ao tempo de permanência no avião, diferença de fuso horário e clima.

Em Delhi não deixe de conhecer o Main Bazar, a principal rua de comércio, a rua da prata no centro de Old Delhi (Chandni Chowk, um dos maiores emporios comerciais da Ásia), o monumento arqueológico de Purana Qila, o forte de Delhi (Forte Vermelho), o movimentado centro comercial e empresarial do centro novo (Connaught Place e adjacências), o Jama Masji (a maior mesquita da Índia). O templo de Lakshmi-Narayana é o mais rico de Delhi e é bem central, vale a pena conhecer.
As atrações de Delhi podem ser vistas em dois ou três dias, e Delhi é um lugar privilegiado para se pegar um trem para qualquer outro destino, ou um avião, fica perto de Agra, do Rajastão, das cidades turísticas e culturais do sopé do Himalaia, como Haridwar e Rishikesha e de outros destinos no norte a Índia.



Mumbai (antiga Bombaim)




Mumbai é a cidade mais ocidental e mais ocidentalizada da Índia, uma interessante mescla da antiga Índia com o moderno ocidente, o ponto mais próximo de uma possível “globalização” que inclua a Índia.
O aeroporto internacional esta em reforma (2008) e pode ser assustador se esse for o seu primeiro destino na india. A cidade pode ser um tanto assustadora para um ocidental, o trafego eh muito mais desorganizado que Delhi e a cidade nao tem jeito de cidade grande. Parece mais uma grande pequena cidade.
O aeroporto domestico é moderno.

Conheça Bollywood, onde são produzidos freneticamente os filmes indianos e as novelas locais, onde é possível encontrar os atores e atrizes famosas, além da badalada praia de Juhu Beach, a coisa mais alucinante em matéria de praia brega que um farofeiro poderia sonhar em conhecer.


Em Juhu há multidões de carrinhos de ambulante vendendo todo tipo de lembrancinhas, petiscos, coco verde, garapa, distribuídos por toda a areia por alguns quilômetros. Há camelos, pôneis e asnos de aluguel, binóculos para colocar o negativos das fotos que você pode encomendar por lá, crianças brincando na areia, banhistas em profusão e uma multidão indiana perambulando. Note que as mulheres por lá tomam banho de mar no interior de seus confortáveis saris! O curioso é que as mansões da praia têm enormes muros impedindo a vista para o mar e as fachadas das casa ficam de frente para a rua e não para o mar.
Há bons bazares de rua com comércio bem variado. Mas nada que se compare com o esplendor do Main Bazar de Delhi.
A não ser que você adore fazer milanesa na praia, o tempo de permanência em Mumbai deve ser de no máximo de uns 2 a 3 dias.

Calcutá



Calcutá (em bengali Kolkota) é um destino pouco recomendável para qualquer turista ocidental. A cidade é bem feia, caótica, com milhares de pessoas vivendo nas ruas, nas calçadas, na mais extrema miséria e indigência.
O trânsito é infernal, com milhares de ônibus produzindo uma fumaça muito espessa de óleo diesel, sempre lotados, ruidosos e caindo aos pedaços. Some-se a eles carros horripilantes da marca Ambassador, típicos da Índia, rickshas descalços, motos, moto-riqckshas, multidões de pedestres, todos circulando numa sujeira incrível produzida pelos plásticos em decomposição, fuligem, pó, palha, trapos e tudo que é detrito que se possa imaginar (não há coleta de lixo).
Os hotéis geralmente também são bastante sujos, mas há os de redes internacionais, relativamente caros para o turista de classe média.
Como destaques turísticos de Calcutá temos o palácio dos Vice-reis, que foi sede da Índia colonial inglesa, já bastante decadente e hoje um museu; a estação ferroviária, da época vitoriana e que já foi a maior estação ferroviária do mundo (Estação de Howrah); a ponte pênsil (Howrah Bridge) sobre o Ganges e o famoso templo da deusa Kali (Templo de Dakshineswar), em nome de quem a cidade foi erguida.
A uns oito quilômetros de Calcutá, pela margem ocidental está localizado o Jardim Botanico, com uma assombrosa figueira de Bengala, tão grande que se rivaliza com a árvore da Vida de Disney, mera cópia estilizada dessa árvore ancestral. Calcuta está no delta do Ganges e é contígua ao famoso Sanderbas (Sundara Vana, ou floresta encantada), lar do temido tigre de Bengala, do crocodilo de água salgada e dos macacos narigudos, hoje uma reserva ecológica.
Dizem que permanecer mais de 2 dias em Calcutá é um sofrimento que ninguém merece.
Goa
Goa é um estado no oeste da Índia que foi colônia portuguesa até 1961. Tem 3200 km2 (o menor estado da federação) e 1,4 milhão de habitantes, a maioria hindus e católicos. Com as melhores praias do país, atmosfera relaxada, arquitetura e culinária com muitas influências lusitanas,é considerado pelos turistas ocidentais o estado mais agradável, e pelos indianos o mais pacífico, da Índia.
Puri
"Puri" ou "Pur" é uma palavra que vem do sânscrito e que quer dizer "cidade" e existem várias cidades indianas como a designação "Pur" ou "Puri" e que são destinos turísticos famosos.
Algumas delas são as antigas cidades-estado, que foram “Rajs” ou principados do Rajastão e presididas por riquíssimos e excêntricos Maharajas (marajás), tais como Jaipur e Udaipur que são destinos obrigatórios para todos os turistas ocidentais que viajam à Índia e que estão relativamente próximas da Agra, onde se situa o famoso Taj Mahal.
Na costa do Golfo da Bengala, no estado de Orissa, existe um famoso centro de peregrinação hindu chamado Jagannatha Puri, atualmente um centro de turismo ocidental bastante freqüentado. As praias de Puri, de mar aberto, mar muito limpo e não poluído, estão repletas de pequenos hotéis e pousadas, o templo de Jagannatha é uma das relíquias da arquitetura hindu e acredita-se ser o templo mais antigo do planeta ainda em atividade.
O estado de Orissa é rico em tradições culturais e famoso pelos tecidos (os saris de Orissa são um dos estilos mais requisitados no Oriente), pela culinária do templo de Jagannatha, pelos parques e reservas naturais da fauna indiana (aves, tigres, rinocerontes, elefantes, etc), pelos templos e sua arquitetura e pelas suas inúmeras maravilhas naturais.


Outros destinos

Taj Mahal em Agra


Agra - cidade imperial, abriga o famoso Taj Mahal, o Forte Vermelho e muito mais
Mathura - cidade-berço de Krishna segundo a tradição
Varanasi (Benares)- cidade sagrada do Hinduísmo à beira do rio Ganges
Sarnath - outra cidade sagrada do Budismo (todas estas no estado Uttar Pradesh)
Rishikesh - paraíso dos praticantes de yoga, à beira do Ganges e do Himalaia, estado Uttarakhand
Bodh Gaya - cidade sagrada do Budismo à beira do rio Ganges, estado Bihar
Shimla - antiga capital de verão dos ingleses no Himalaia, atual capital do Himachal Pradesh
Dharamsala - o atual lar do Dalai Lama, perto da fronteira com o Tibete, no Himachal Pradesh
Srinagar - capital do estado da Caxemira, à beira do Lago Dal, região belíssima mas de história conturbada
Chandigarh - capital do Punjab, cidade planejada com urbanismo moderno de Le Corbusier; portal para o Himalaia
Pune - perto de Mumbai, muitas opções de terapias alternativas e yoga, portal para turismo de montanha com várias alternativas próximas
Kerala - estado considerado um dos maiores paraísos ecoturísticos do Planeta
Jaipur - capital do Rajastão, cidade dos marajás com muitos castelos e monumentos
Chennai - antigamente Madras, capital do Tamil Nadu, estado cheio de praias, cachoeiras e templos Hinduístas
O Sri Lanka, o Nepal e as Ilhas Maldivas são destinos turísticos interessantes e próximos, mas são na verdade outros países.

Entenda

Não creio ser prudente que um turista ocidental, em busca de atrações para os cinco sentidos se deslocando mundo afora, tente entender o que é a Índia, uma região que nem mesmo os místicos, filósofos e eruditos mais relevantes conseguem compreender.
Um país extenso, com mais de 3 milhões de quilômetros quadrados, com regiões contrastantes tais como desertos e florestas tropicais, savanas e cumes nevados, com uma população extremamente heterogênea, de mais de 1 bilhão de pessoas, com centenas de religiões e deuses, com centenas de línguas e dialetos, com diferentes culturas e algumas delas ancestrais, com uma literatura clássica monumental, abrangendo a filosofia, a arte, a fisiocultura, o espiritualismo, a medicina, as artes marciais, a matemática, a economia, a astronomia, o direito e todos os ramos do conhecimento humano, que influenciou os persas, os gregos, os fenícios, os romanos, os árabes e que foi a base ancestral da moderna cultura européia como a conhecemos, deve ser assaz difícil de ser compreendido.
O que recomendo é um profundo respeito e a determinação de não fazer julgamentos equivocados, intolerantes e acima de tudo ignorantes, a respeito de uma região tão singular como a Índia.
“Globalização” significa aceitar o mundo como ele se mostra, aproveitando a enorme facilidade de comunicações e de deslocamento que a tecnologia nos oferece, e ao mesmo tempo respeitar as diferenças culturais dos povos com quem nos relacionamos.
Não tem sentido um “brazuca” tentar proselitizar a cultura da feijoada com caipirinha e futebol num país de vegetarianos que não devem beber e que só entendem de críquete!
Chegar

Brasileiros precisam obter visto previamente para viajar à Índia. O consulado[1] em São Paulo (tel. 11 3171-0340/1) atende os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e os da Região Sul. A embaixada em Brasília, o resto do país. Custa R$ 145,00 e demora 3 dias úteis e 2 fotos 3x4 são necessárias, além da vacina contra febre amarela.
De avião
Não há vôos diretos do Brasil. As conexões mais usadas são via Joanesburgo (África do Sul), cujo custo beneficio é o mais atraente. Outras opcões existem, mas são mais caras e demoram muito mais horas de viagem. Londres, Amsterdam, Paris, Frankfurt e Dubai sao algumas delas.
De barco
De carro
De autocarro/ônibus
De comboio/trem
Circular
De avião


Mapa dos aeroportos da India



Ha boas companhias aéreas locais servindo todas as maiores cidades da India. Os aviões são geralmente novos e bem conservados, pontuais e as passagens baratas. Pode-se comprar os vôos diretamento nos balcões das companhias, pela internet ou em agências de turismo locais.
De barco

De carro

Jamais imagine dirigir um automóvel na Índia, o trânsito é simplesmente caótico, tanto nas cidades quanto nas estradas. A mão de direção é a inglesa, pela esquerda, mas ninguém parece levar isso muito a sério, as ruas estão sempre repletas de veículos de tração animal, com as motorizações mais diversas (camelos, búfalos, bois, cavalos, etc.), uma multidão de pedestres, rikshas, moto-rickshas, vacas, elefantes, macacos e várias outras entidades vivas disputando democraticamente o seu espaçao com carros, caminhões, tratores, motos, ônibus e tudo mais o que possuir roda.
O meio de locomoção vai depender da pressa, do destino e das condições climáticas. Para viajens longas o trem é o transporte ideal, para quem tem pressa, os aviões. Já os onibus são ruins, barulhentos e raros.
Nas cidades você pode viajar curtas distancias (até uns 5 ou 6 km) de rickshas, que são bicicletas com banco de passageiro; as distâncias maiores de motoricksha, que ao invés de bicicleta são triciclos motorizados que viajam um pouco mais rápido. São meios de tansportes baratos e abundantes, para ruas onde a velocidade do trânsito é sempre inferior a uns 5 km/h. Combine o preço do trajeto antes de embarcar e sempre peça um abatimento da ordem de uns 90%, o valor será mais ou menos uns 70% daquilo pedido pelo condutor.
De autocarro/ônibus
Esse é o pior meio de transporte da India. A maioria das estradas é de pista única, estreita, movimentada e com o asfalto esburacado. Os ônibus são enjenhocas ruidosas e fumegantes, com os seus diversos fragmentos unidos com cola, trapos, elásticos, borracha, chiclete e tudo o que grudar, e que vai se desfazendo com o chacoalhar da estrada. Se você preferir andar de ônibus por lá tenha muita convicção da reencarnação e muito pouco apego por esse seu corpo atual!

De autocarro/ônibus
Esse é o pior meio de transporte da India. A maioria das estradas é de pista única, estreita, movimentada e com o asfalto esburacado. Os ônibus são enjenhocas ruidosas e fumegantes, com os seus diversos fragmentos unidos com cola, trapos, elásticos, borracha, chiclete e tudo o que grudar, e que vai se desfazendo com o chacoalhar da estrada. Se você preferir andar de ônibus por lá tenha muita convicção da reencarnação e muito pouco apego por esse seu corpo atual!
De comboio/trem


Ferrovias da Índia
Para viagens longas os trens são insuperáveis. Há uma trama imensa de trens de passageiros para qualquer destino dentro da ìndia e as acomodações nos vagões são variadas, dependendo do preço que se pode pagar pela passagem. Vai desde um confortável vagão leito com ar condicionado (Air Sleep Class) até os vagões só com assentos de madeira (Terceira Classe). As viagens são seguras e você vai se integrando com os demais passageiros, que são sempre muito amáveis e curiosos, querem saber tudo a respeito de tudo sobre sua família, seu país, sobre sua impressão sobre a Índia, etc. Deve-se ter cuidado com gatunos que podem roubar a bagagem e é sempre bom levar água, frutas, pães e bolachas para comer pelo caminho, pois não há serviço de restaurante nos trens e as viagens pode levar alguns dias! Na verdade o servico de bordo dependera na classe e companhia escolhida, por tanto voce pode certificar-se antes.
Há um trem muito bom, que faz um giro turistico de uma semana por todo o Rajastão, conhecendo Agra (onde fica o Taj Mahal), Jaipur, Udaipur e outras cidades do Rajastão, que são verdadeiros sonhos das mil e uma noites, com palácios incríveis, fortalezas, templos, bazares, obras arqutetônicas grandiosas e magnificas, dos mais variados períodos da historia indiana. O pacote para esse trem, o Raj Express custa uns 400 dólares e pode ser comprado com antecedência em agencias de turismo. Recomendo esse percurso ao turista de primeira viajem que não esta familiarizado com a Índia.

Fale

O inglês e a chamada língua franca na Índia, onde existem 80 línguas oficiais, uns 400 dialetos e mais de 10 diferentes alfabetos. A maioria dos indianos, ao menos no Norte e na Bengala, têm um vocabulário de umas 80 palavras em inglês e você pode se arranjar facilmente para saber o preço das coisas, indagar onde fica algum lugar, que plataforma pegar o trem, para comer, etc. Mas não espere ter uma conversação em inglês, o que a maioria os indianos sabe de inglês é o inglês que as pessoas da rua no Brasil são capazes de entender.
Os indianos têm uma grande facilidade de se comunicar em qualquer língua, fazem tudo para ser compreendidos, e podem ter um vocabulário surpreendente com palavras do inglês, do russo, italiano, francês e de vários idiomas locais. Acho que a torre de Babel esta na Índia!
Se você souber algumas palavras e verbos mais usados em hindi, esse idioma associado ao inglês vai fazer de você um verdadeiro cidadão indiano!

Compre

Se existe um paraíso para compras, este paraíso é a Índia. Lá você encontra de tudo, roupas exóticas, roupas estilo ocidental, marcas de grife, artesanato indiano de prata, jóias, marfim, ouro, temperos, tinturas para cabelo, cosméticos, livros, incenso, arte sacra hindu, objetos para o ritual religioso, perfumes, louças, talheres e tudo o que alguém possa imaginar para todos os bolsos.

Lembre-se que a Índia sempre foi o país das especiarias, das tapeçarias, dos brocados, da seda fina e de tudo o que os nobres e endinheirados sempre desejaram possuir.
Um bazar indiano, como o Main Bazar de Delhi, é o sonho de consumo que você ainda não teve e que jamais poderia imaginar existir!

Coma

Se você for comer na rua o prato típico é o tali, que em hindi quer dizer prato feito. Vai ser uma porção generosa de arroz basmati (arroz aromático indiano, o melhor do mundo), dhal (uma espécie de lentilha ou ervilha), subji (um delicioso refolgado de legumes), chapati (o pão indiano que é muito parecido como o sírio) e chutnei (um picles) que pode ser de manga verde, pepino, ou outro vegetal qualquer.
Os hindus não comem carne, peixes, aves, ovos e coisas assim. A dieta é lacto - vegetariana para a maioria das pessoas. Em áreas onde há muçulmanos existem açougues vendendo carne de caprinos, ovinos e de frango, mas ninguém vai ousar a vender carne bovina em qualquer lugar da Índia.
Prefira os restaurantes strict vegetarian, que são os mais numerosos, limpos e tradicionais. Lembre-se que na Índia geladeira é um artigo que só se vê na TV e que uma comida a base de carne pode ser complicação seria para a saúde.
Evite comer na rua e leve sempre uma garrafa de água mineral. Verifique se a garrafa esta bem lacrada, pois água pirata é o que mais se vende na Índia! Nunca beba água de procedência ignorada, mesmo que engarrafada!
Em grandes centros como Delhi existem bons restaurantes, mas restaurantes são coisa rara no interior. Nas estradas e áreas rurais (a Índia é 70% rural) a palavra Hotel indica uma cabana onde há uma cozinha a céu aberto, onde se prepara e se vende o tali, e uma cama do tipo sapoy, ou cama indiana de juta e madeira, para você repousar a cesta depois do almoço.
Dizem que o prato principal da Índia é a pimenta e suas variações, como pimenta com arroz, com dhal, com subji, pimenta empanada, frita, assada, cozida, pimenta ao molho de pimenta, etc. Para os sensíveis, cuidado!
De um modo geral, a comida é excelente e muito barata, um tali de rua custa umas 25 rúpias, coisa de um real!
Se estiver viajando, cuidado! Leve pães, bolachas, frutas e água, muita água. Você pode não encontrar nada para comprar e comer, mesmo tendo todo dinheiro do mundo em seu poder!
Beba e saia

Bebidas alcoólicas são tabu tanto para hindus quanto para muçulmanos, mas o que mais se vê são as lojinhas de bebidas, onde se vende wisky indiano da pior qualidade. As pessoas bebem escondidas, mas bebem muito. Há bares que são para nos uma piada - o sujeito entra pede uma bebida no balcão e vai se sentar numa mesa. O garçom traz a bebida disfarçada num recipiente qualquer e o sujeito bebe rápida e disfarçadamente, paga a conta e sai bem depressa! Não espere nenhuma emoção num lugar assim.
Claro que isso tudo dependera da cidade em que esta. Em Mumbai existe vida noturna e bons bares (inclusive o Leopold Cafe desde 1857). Normalmente sera relativamente caro beber nos bares/discos (nao menos que 100 rupees por 600ml de cerveja). Em Goa tambem pode-se encontrar diversas opcoes.
Os melhores programas são os templos, cheios de vida e misticismo. Visitar templos hindus é um bom programa na Índia, nas imediações sempre existe uma feira vendendo guirlandas de flores maravilhosas, frutas, doces, cereais, incenso, velas, tudo para serem oferecidos para as deidades dos templos. Muitos templos servem a prasada das deidades, refeições gratuitas que são os pratos oferecidos aos deuses, verdadeiras jóias culinárias e imperdíveis
Durma[editar]

Cidades grandes como Delhi, Mumbai (Bombain) e Calcutá, possuem bons hoteis, para todos os gostos e bolsos. Para os endinheirados há hoteis de redes internacionais como o Sheraton, Hilton, etc. e também hoteis para a classe media, na faixa de 50 dólares, ideais para turistas estrangeiros que estão indo a Índia com disposição de conhecer o pais e se misturar com os locais. Em Delhi, próximo da estação de New Delhi (Pahad Ganga), há hoteis na faixa de 10 dólares, muito confortáveis e seguros, úteis para quem pretende viajar de trem em poucos dias e que antes deseja conhecer as atrações de Delhi.
Em cidades históricas e sagradas existem as dharmashalas, ou hospedarias religiosas, que oferecem vagas a todos os visitantes com ótimas acomodações e com preços na faixa de uns 5 dólares. Existem milhares de dharmshalas em Varanasi, Haridhar, Rishkesha, Vrindavana, Mathura, Jagannatha Puri, Citrakut, nos centros de peregrinação dos Himalaias e em muitos outros lugares sagrados para os hindus.
Aprenda[editar]

Yoga e filosofia hindu em Haridwar, Rishikesha e Varanasi (Benares). Nestes locais ha vários ashrams e todos aceitam ocidentais que tenham interesse em aprender yoga, sânscrito, filosofia, religiões, medicina ayurvedica e outras disciplinas clássicas indianas. Sempre é bom se informar com antecedência sobre a idoneidade do ashram, pois o que não faltam são vigaristas dando cursos sem pé nem cabeça para ocidentais crédulos!
Trabalhe[editar]

Dificilmente um ocidental trabalharia na Índia. Os salários não são muito atrativos. Um policial raso ganha cerca de 4000 rupees (fonte: Mumbai Maximum City), estagiario na maior empresa de software da India ganha cerca de 20.000 rupees e há todo tipo de subemprego, vida miserável e dificuldades inimagináveis mesmo para o brasileiro mais pobre. De um tempo para cá as condições de vida para o povo melhoraram um pouco, mas na Índia há o problema das castas, dos intocáveis, da valorização do desapego e da pobreza como virtudes a serem seguidas, e outros aspectos culturais que tornam a economia e as condições sociais da Índia muito difíceis de serem avaliadas pelos ocidentais.
Segurança

Não há crimes violentos como os praticados pelas gangues de traficantes como no Brasil, nem tantos roubos e assaltos.
Um turista comum deve ter a precaução de aparentar ser um indiano no modo de trajar, o que não é difícil, uma vez que os indianos atualmente usam trajes do modelo ocidental. Mas verifique que a maioria traja calças marrons e camisas beges, é que outras cores podem confundi-los com padrões de castas, de intocáveis e de coisas ruins e proibidas. Evite andar de jeans azul, uma roupa e cor que caracterizariam a sua procedência. As mulheres, mesmo se estrangeiras, ao usarem sari ou punjab passam a ser consideradas indianas e podem circular pela Índia mais tranquilamente.
Homens podem andar livre e despreocupadamente na Índia, mas as mulheres ocidentais são consideradas alvos sexuais fáceis e irão sofrer com as mãos atrevidas de galãs indianos. Mas nada muito a serio e nem mesmo muito freqüente.
Cuidado com as bagagens especialmente em trens, use sempre um cadeado nas malas e prenda-as nas ferragens das camas ao deitar para dormir. Cuidado com a carteira. Punguistas são comuns e bem rápidos.
Todo mundo sabe que na Índia as vacas são sagradas e tratadas com o máximo de respeito, mas pouca gente sabe que os ratos desfrutam do mesmo status. Eles andam por toda parte, inclusive quartos de hotéis 4 estrelas, e o indiano comum trata as aparições deles como um bom presságio, um sinal de boa sorte iminente, ou seja, nunca um indiano normal vai maltratar um rato, ou deixar um ser maltratado por um "ferenghi". Reflita bem sobre as implicações práticas deste fato em sua viagem.
Gangues de macacos são perigosas, roubam e exigem resgate de óculos, bolsas, lenços e tudo o que possa ser arrancado das mãos com facilidade. Cidades indianas são apinhadas de primatas!
Você pode ser enganado com facilidade na conversa, no valor da mercadoria, na qualidade do produto, na melhor escola da antiga malandragem brasileira. Os indianos são os reis da conversa mole!
Saúde

Cuidado com a água, é através dela que se pega a maior parte das afecções intestinais na Índia - salmoneloses, intoxicações e ate mesmo cólera. Não coma de ambulantes de rua e em lugares suspeitos, prefira alimentos recém preparados e feitos na sua frente, como os talis dos restaurantes da rua.
A malária esta sempre presente, principalmente nos meses das monções (de junho a outubro), use cloroquina diariamente como preventivo.
Respeite

Tire os sapatos para entrar nos templos hindus. Se for comer com as mãos use sempre a mão direita. Não toque nas mulheres (ou nos homens se você for mulher). Evite encarar as pessoas ou olhar nos olhos delas.
Mantenha contato

Mesmo em locais remotos há quiosques que possuem um telefone fixo com máquina registradora funcionando como telefone público, de onde se pode fazer chamadas locais, DDD e DDI, para telefones fixos e móveis. Nestes locais tambem se pode enviar fax, fazer fotocópias e alguns já possuem lan houses.
As companhais aéreas costumam solicitar que se confirme a resrva do vôo de volta por telefone ou pela internet com até 48 hs de antecedência. Lembre-se queos voos com destino ou saindo da Índia vivem lotados e é arriscado perder o vôo em caso de não confirmação.


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Culinária e Comida Indiana



A culinária indiana é caracterizada pelo seu uso sofisticado e sutil de muitas ervas e especiarias. Considerada por alguns como a culinária mais diversificada do mundo, cada ramo da cozinha indiana é caracterizada pelo uma ampla gama de pratos e técnicas culinárias. Embora uma significativa porção da comida indiana seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Bife não é comido pela maioria dos hindus.

A comida é uma parte importante da cultura indiana, desempenhando papel tanto na vida diária quanto nos festivais. Muitas vezes a comida indiana cotidiana consiste de 2 ou 3 pratos principais com acompanhamentos variados como chutney (condimento agridoce, picante ou uma mistura dos dois) e picles, alimentos ricos em carboidratos como arroz e roti (pão), assim como sobremesas.


A diversidade é uma característica marcante na geografia, cultura e comida indiana. A culinária indiana varia conforme a região, refletindo a demografia variada e diversidade étnica do subcontinente. Em termos gerais, a culinária indiana pode ser dividida em 4 categorias: norte, sul, leste e oeste da Índia. Apesar da diversidade, alguns aspectos únicos fazem parte da culinária indiana. O uso de grande variedades de especiarias é parte integral da preparação das comidas e utilizado para acentuar o sabor e criar aromas únicos.




Os pontos comuns da culiária indiana são arroz, atta (farinha de trigo integral), e uma variedade de legumes sendo que os mais importantes são masoor (tipo de lentilha), chana (grão-de-bico), toor (guandu), urad (tipo de feijão) e mung (semente da vigna radiata). A maioria dos curries indianos são fritos em óleo vegetal. No norte e oeste da Índia óleo de amendoin é tradicionalmente mais popular para fritar, enquanto que no leste óleo de mostarda é mais comumente usado. No sul da índia óleo de coco e de gergelim são comuns.




Especiarias e comida indiana
As especiarias mais importantes na culinária indiana são pimentas, semente de mostarda preta, cominho, cúrcuma, feno-grego, gengibre e alho. Misturas de especiarias populares são Garam Masala que é um pó com geralmente 5 ou mais especiarias secas; e Goda Masala. Algumas folhas são comumente usadas na culinária indiana, como tejpat (folha da cassia), coentro, feno-grego e menta. O uso das folhas do caril é típico de toda culinária indiana. Nos pratos doces são usados cardamomo, noz moscada, açafrão, e essência de pétalas de rosa.

Bebidas na culinária indiana

Chá é a bebida típica mais comum por toda a Índia, o qual é geralmente preparado como masala chai com uma mistura de especiarias fervidas no leite. O café é a segunda bebida mais popular. Outras bebidas incluem nimbu pani (limonada), lassi (feita com mistura de iogurte com água, sal e especiarias), badam dood (leite com nozes e cardamomo), chaach (feito com coalhada/iogurte) e sharbat (suco de frutas e pétalas de flores). Os indianos também têm muitas bebidas alcoólicas nativas como vinho de palma, fenny (tipo de licor), bhang e cerveja indiana. Porém, a prática de consumir bebida junto com comidas não é comum na Índia.



Tenho pensamentos

Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.
*
I have thoughts if he could reveal them and make them live, would add new light to the stars, new beauty to the world and greater love to the hearts of men.

Fernando Pessoa

Tradições das mulheres indianas

Diferente do que estamos acostumados a ver aqui no Brasil, a cultura da Índia é oposta a nossa. Começando pelas tradições em relação às mulheres de lá. Elas não podem escolher seu pretendente, pois o compromisso da união é com a casta da família e não com o sentimento que os noivos sentem um pelo outro. Normalmente, a esposa vai morar na casa da família do marido, deve deixar suas roupas usadas para trás levando apenas as roupas novas. "Essa é uma forma de não ficar apegada à vida anterior e levar sorte para a nova", conta a indiana.

Na India existe o código de Manu, o qual todas as viúvas devem segui-lo rigorosamente. "Para honrar a memória do marido, uma viúva jamais poderá conhecer outro homem com a intenção de casar novamente, apenas os viúvos podem se casar de novo", frisa a indiana. A esposa depois de casada deve usar um mangala, um colar que serve para mostrar que aquela mulher é casada, "esse colar representa o compromisso de união, fidelidade, lealdade e boa sorte", diz.

Segundo uma indiana, não seria fácil uma ocidental viver na Índia: "nossas costumes são bem diferentes, nossas roupas, tradições. Eu não conseguiria morar em outro país, a não ser em Qatar ou Dubai, onde moram muitos indianos, mas em um país ocidental eu não conseguiria," afirma ela.





Hino Nacional da Índia



Jana-gana-mana-adhinayaka, jaya he
Bharata-bhagya-vidhata.
Punjab-Sindh-Gujarat-Maratha
Dravida-Utkala-Banga

Vindhya-Himachala-Yamuna-Ganga
Uchchala-Jaladhi-taranga.
Tava shubha name jage,
Tava shubha asisa mange,
Gahe tava jaya gatha,

Jana-gana-mangala-dayaka jaya he
Bharata-bhagya-vidhata.
Jaya he, jaya he, jaya he,
Jaya jaya jaya, jaya he!




MINHA ADORÁVEL ÍNDIA

A diversidade de idiomas, tradições e modo de viver são o que fazem da Índia um país rico em sua cultura. Ao mesmo tempo que cada estado tem seu próprio modo de expressão, como na arte, música, linguagem ou culinária. A Índia possui vinte e oito estados, tendo cada um deles dois idiomas diferentes e o hindi como idioma nacional. A religião na Índia é muito forte. Grande parte dos indianos são seguidores do hinduísmo. Porém, existem também praticantes do islamismo, budismo, jainismo, siquismo e a menor parte do cristianismo.




A India é um país onde todos os meses ocorre festivais religiosos, alguns festivais chegam a durar de cinco à dez dias, e alguns deles são considerados feriados nacionais. "Existem três feriados nacionais na Índia: os estados e regiões têm festivais locais, dependendo prevalente demografia religiosa e linguística. Festas populares religiosas incluem os festivais hindu de Diwali, Ganesh Chaturthi, Holi, Dussehra e os festivais islâmico de Eid ul-Fitr, Eid al-Adha, Mawlid an-Nabi, que são celebradas em todo o país. Muharram, luto para o neto do profeta Maomé é observado por algumas seitas do Islã. Além disso, os festivais sikhs como Guru Nanak Jayanti, as festas cristãs, como Natal, Sexta-feira Santa e festivais como Jain Mahavira Jayanti, Paryushan são celebradas em certas áreas onde essas religiões têm um impacto significativo a seguir. As férias anuais são amplamente observadas por estado e os governos locais, no entanto, eles podem alterar as datas da observância ou adicionar ou subtrair as férias de acordo com costumes locais", conta o indiano Subhash Mirp, 22 anos.


Segundo Subhash, a India tem hábitos e curiosidades que nenhum outro país tem, como por exemplo, o maior e mais famoso ponto turístico da India é um mausoléu, chamado de Taj Mahal. "O rio Ganges é sagrado para nós, nele é onde nos purificamos das nossas impurezas e pensamentos. Todas às tardes nós tomamos chá, ele é sempre preparado pelas nossas mães ou pelas nossa avós, depois de casado quem prepara é a nossa esposa. O chá é o nosso alimento quando estamos de jejum, é a única coisa que podemos beber. O deepak (lamparina), é um símbolo muito importante aqui pois nós perdemos a ignorância que é como a escuridão, e adquirimos o conhecimento é como a luz", conta o indiano.







Embora esse país esteja se modernizando as raízes plantadas pelos seus ancestrais continuam plantadas entre os indianos,"a cultura indiana é rica e diversificada e, como resultado único em sua forma muito própria. Nossos costumes, maneira de se comunicar um com o outro, etc, são um dos componentes importantes da nossa cultura. Mesmo que tenhamos aceito modernos meios de vida, que melhoraram a nossa vida, nossos valores e crenças ainda se mantêm inalterados. Uma pessoa pode mudar sua maneira de vestir, a maneira de comer e viver os valores, mas rico em uma pessoa sempre permanece inalterada porque estão profundamente enraizados em nosso coração, mente, corpo e alma que recebemos de nossa cultura,"afirma o indiano Sudhir Lad, 28 anos.


Para o indiano Sudhir, o respeito ao outro faz parte da cultura indiana e deveria ter em todos os outros países, "respeitar o outro é outra lição que é ensinada a partir dos livros da cultura indiana. Todas as pessoas são iguais e respeitando uns aos outros é um dever de todos. Em outros países a relação entre o patrão e o empregado é como um mestre e escravo e é puramente monetária enquanto na cultura indiana, a relação entre o patrão e o empregado é mais como as relações caseira ao contrário de países estrangeiros. Útil natureza é outra característica marcante na nossa cultura indiana. Desde nossos primeiros dias da infância, somos ensinados a ajudar uns aos outros que precisam de ajuda e socorro. Se não monetárias, pelo menos em espécie ou em formas não-monetárias. Cultura indiana nos diz para multiplicar e distribuir alegria e felicidade e de tristeza e dor partes. Ela nos diz que por tudo isto, podemos desenvolver a cooperação e uma melhor vivência entre nós e, posteriormente, fazer deste mundo um lugar melhor para se viver," frisa Sudhir.




Outro fator muito falado em relação a cultura indiana é o sistema de casta, " a divisão de casta é assim: no sistema antigo, as pessoas eram divididas de acordo com sua posição social. Os grupos eram: brâmanes (religiosos e nobres), xatrias (guerreiros), vaixias (agricultores e comerciantes), sudras (escravos) e párias (sem castas), mesmo a Índia sendo um país de várias religiões e castas, nossa cultura nos diz apenas uma coisa: Phir bhi dil hai hindustani (respeitar um ao outro),"explica o indiano Sudhir.



Marathi * Hindi * Malayalam * Kannada

Dicionário português/marathi

Olá- Ago

Diga-me- Saang malaa

Verdade- Khara

Como está você- Kashi aahes thu (se referindo a uma garota)
Kasa aahe re thu (se referindo a um garoto)

Bonito- Chaan

Qual o seu nome- Tuja naav kaai?

Sim- Hai

Não- Naahi

Obrigado- Aabhari

Desculpa- Maafi

Por favor- Kripayaa

Por quê- Kashaala?

Beijos- Pappy

Saudades- Yaad aali

Eu te amo- Me prem kartho thula

Amor- Prem

Gostar- Aavad
*HINDI

Dicionário português/hindi:

Olá - Hello / Namastê / Namaskar.

Obrigado - Dhaynyavaad.

Sim/Não - Haan / Nahin.

Tudo bom - Kya Haal Hai.

Desculpe - Sorry.

Por favor - Please - Kripya

Está bom - Thik Hai.

Como - Kya ?

Onde - Kahan ?

Quando - Kab ?

Quem - Kaun ?

Por quê - Kyun ?

Quanto custa - Kitne Ka Hai ?

Meu nome é ______ - Mera Naam Hai ______

Um - Ek.

Dois - Do.

Três - Teen.

Quatro - Char.

Cinco - Paanch.

Seis - Cheh.

Sete - Saat.

Oito - Aath.

Nove - Nau.

Dez - Das.

Cem - Sau.

Duzentos - Do Sau.

V

Dicionário português/malayalam

Beijos - Umma

Diga-me- Para

Eu te amo- Enikku ninne nastaayi

Sim- Athe

Não- Alla

Desculpa- Kshamikanam

Saudades- Enikku ninne nastaayi

Obrigado- Nanni

Quem é você- Nee ara kunnu?

Qual a sua origem- Nee eviday ninnanu?

Você- Nee

Ok- Sary

Meu- Nhan

Qual o seu nome- Endanu nindey peru?

Como está voce- Nee eviday ayirunnu?

Estou esperando por você- Ninne nhan kathirikkukayanu

Bem vindo- Swagatham

Me ligue- Dayavayi enne phone vilikku
*
Portuguese Dictionary / malayalam

Kisses - Umma

Tell me-To

I love you Enikku Ninne nastaayi

Yes Athe-

Non-Alla

Excuse Kshamikanam

Miss-Enikku Ninne nastaayi

Thank-Nanni

Who are you Nee-ara kunnu?

What is its origin-Nee eviday ninnanu?

You Nee-

Ok Sary-

My Nhan-

What is your name-Endanu nindey turkey?

How are you Nee-eviday ayirunnu?

I'm waiting for you-Ninne nhan kathirikkukayanu

Welcome-Swagatham

I call Dayavayi enne phone vilikku

*

Dicionário Português/Kannada

Como esta voce- Nivu yagidira?
Obrigado- Hodanvaigalu

Te amo- Nanu nina preethisuvai

Sim- Hodu

Não- Ela

Desculpa- Kashmisi

Eu- nanu

Você- Nidu

Saudades- Nina mariyola

Beijos- Muth

Oi- Namskara

Por favor- Dhayavitu

Ok- Aythu

Bonito- Sundare

Amizade- Sneha

Amigo- Snehetha


Dictionary English / Kannada

As this yagidira-Nivu you?
Thank-Hodanvaigalu

Love you-Nanu nina preethisuvai

Yes-Hodu

She does not-

Excuse Kashmisi

I-nanu

You Nidu-

Miss-Nina mariyola

Kisses-Muth

Hi-Namskara

Please Dhayavitu-

Ok-Aythu

Cute-Sundare

Friendship-Sneha

Friend-Snehetha

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Índia, uma grande potência?


Com uma população superior a mil milhões, a aproximar-se da da China, e com uma taxa de crescimento econômico acima da média mundial, a Índia é hoje identificada frequentemente como uma das prováveis grandes potências do século XXI. Neste artigo proponho-me questionar esse prognóstico, já que me parece que estão longe de estar asseguradas as condições necessárias para que a Índia venha a ser uma grande potência.

As minhas dúvidas residem no facto de que a Índia independente não encarou de frente um dos mais importantes desafios, o da transformação radical das estruturas herdadas do capitalismo colonialista. É verdade que a classe governante da Índia independente decidiu enxertar um plano nacional burguês nesta herança, a qual foi preservada na sua maior parte. Analisando os sucessos, as limitações e também os fracassos deste projeto, vou colocar as questões às quais o discurso liberal modernista dominante tem fugido desde o início: estará a Índia burguesa condenada à 'compradorização'  inerente ao estatuto das estruturas capitalistas periféricas do país e, em consequência, será impossível que a Índia aceda ao estatuto de uma grande potência moderna, sem passar primeiro por uma verdadeira revolução social?

A HERANÇA COLONIALISTA

Na essência, a colonização britânica transformou a Índia num país capitalista, dependente da agricultura. Para o conseguir, a Inglaterra implantou sistematicamente formas de propriedade privada das terras agrícolas, o que impediu o seu acesso à maior parte dos camponeses. Esta política deu origem à formação de grandes propriedades dominantes no norte do país, sendo menos desvantajosa para as propriedades de dimensão média dos camponeses do sul que, em comparação, eram mais abastados. A maioria dos camponeses viu-se transformada numa classe pobre, praticamente sem terras. O preço desta medida capitalista assimétrica no desenvolvimento agrícola foi as condições de pobreza extrema em que vive a maioria da população indiana.

O modo universal de organização da gestão da terra não é a propriedade privada, como pensam automaticamente as mentes deformadas pelo eurocentrismo mas, pelo contrário, é a propriedade que emana duma comunidade política. Na Índia pré-colonialista, as terras eram repartidas pelas comunidades das aldeias, de forma proporcional (com base em princípios altamente desiguais, baseados no sistema de castas hierárquicas). Estas comunidades, por seu turno, estavam sujeitas a uma comunidade política superior, o estado (que cobrava impostos às comunidades sob a sua autoridade). Os ingleses promoveram à categoria de proprietários privados, com diversos graus de autoridade, os responsáveis por esta gestão política, impondo assim o seu próprio modelo do capitalismo ocidental. Este padrão foi seguido por outros europeus, quer na América quer nas colónias da Ásia e da África. Nos dias de hoje, os funcionários do Banco Mundial não dispõem dos meios intelectuais que lhes permitam entender que aquilo que têm recomendado como sendo a única solução universal (a propriedade privada da terra), é apenas uma via sem exemplo, cujo sucesso numa pequena parte do mundo esconde o facto de que ela constitui um impasse no resto do mundo.

No início, os comunistas indianos dos anos 30, preconizavam o combate a esta herança e subscreviam o programa de reforma agrária mais radical - “a terra a quem a trabalha”, ou seja, praticamente para todos os camponeses. Os burgueses do Partido do Congresso nunca o puseram em prática e a Índia independente reduziu as promessas feitas aos camponeses a um simulacro de reforma agrária sem qualquer impacto. O que é certo é que, tanto em Bengala ocidental como em Kerala, se registaram resultados positivos em termos sociais e económicos e se reforçou o apoio popular aos reformadores, quando as forças comunistas parlamentares locais foram um pouco mais longe, tanto quanto a constituição indiana o permitia.

Embora, inicialmente, a questão fundamental da propriedade das terras agrícolas fosse uma das principais áreas de debate no seio dos comunistas e também noutros sectores (burgueses democráticos e populistas), a influência da ideologia liberal (mesmo antes do seu triunfo aparentemente total no final do século) conseguiu impor as noções erradas de que era fundamental a propriedade privada da terra, de que não havia alternativa à solução ocidental (onde a classe camponesa vai desaparecendo à medida que é absorvida pelo desenvolvimento urbano capitalista) e que, portanto, a exigência de uma reforma agrária era obsoleta. O Banco Mundial introduziu a revolução verde e as formas de reforma agrária sustentada pelo mercado, como lhe chamou. A implementação de tal reforma acabou sempre num desastre – no reforço da desigualdade social e na submissão dos produtores agrícolas ao capital dominante (na realidade, era este o verdadeiro objectivo, embora oculto, destas políticas). A Índia é um óptimo exemplo disso. Sabemos que as reformas agrárias sustentadas pelo mercado, implementadas pelo Banco Mundial desde o Brasil à África do Sul também acabaram numa farsa. Infelizmente, grande parte da esquerda, onde se incluem importantes sectores dos partidos comunistas indianos, está hoje contaminada por este disparate propalado pela ideologia liberal. Os tradicionalistas, que pretendem implantar aquilo que julgam ter sido a verdadeira ordem original, têm o cuidado de não desafiar este legado colonialista que beneficia as minorias privilegiadas! Na Índia, os nacionalistas hindus, assim como os defensores do Islão político um pouco por toda a parte (em especial no Paquistão), submetem-se à expansão do capitalismo periférico dependente.

Na Índia, o obstáculo que esta herança colonialista representa para o progresso é agravado pela manutenção do sistema de castas. As “castas inferiores” (designadas hoje por dalits ) e as populações tribais que têm o mesmo estatuto, constituem um quarto da população da Índia (cerca de 250 milhões de pessoas). Privados do acesso à terra, formam uma massa de trabalhadores disponíveis para qualquer tarefa e qualquer horário de trabalho, em troca dum salário de miséria. A manutenção desta situação reforça as ideias reaccionárias e o comportamento dos “outros” e leva a que o exercício do poder seja feito por e a favor de uma minoria privilegiada. Desempenha o papel de atenuar e até mesmo de neutralizar qualquer protesto da maioria explorada que está entalada entre a minoria exploradora e a situação oprimida dos dalits e das comunidades tribais.

Claro que a colonização britânica teve o maior cuidado em não combater o sistema de castas, escondendo-se por detrás do argumento hipócrita do respeito pela tradição (o que não fizeram quando isso não lhes convinha como, por exemplo, quando privatizaram a propriedade das terras!). Simultaneamente, o poder colonialista manipulou a situação em seu próprio beneficio, ao permitir que uns quantos dalits, com acesso à educação, pudessem aceder a cargos colaboracionistas. Podemos dizer que, na Índia independente, os poderes continuaram esta prática, a qual só foi seriamente posta em causa durante o curto período de tempo em que esteve no poder a aliança de esquerda liderada por V.P. Singh (e apoiada pelos parlamentares comunistas). A direita hindu, claro, não se pronuncia sobre esta questão! E os Estados Unidos, actualmente – utilizando como intermediárias as ONG que proclamam defender os direitos humanos – tentam manobrar os protestos da comunidade dalit e mantê-la confinada a áreas que sejam inofensivas para a gestão do capitalismo como um todo.

Felizmente, esta situação pode estar em vias de ser ultrapassada, dada a radicalização da luta, sob a forma de insurreições encabeçados principalmente pelos camponeses maoistas naxalistas. É verdade que estas insurreições têm sido sufocadas, no sentido em que ainda não conseguiram criar e estabilizar regiões libertadas, de poder popular. No entanto, a resistência armada, liderada pelos maoistas, ao começar por combater as estruturas da propriedade, herdadas do colonialismo, e do sistema de castas, pavimentou o caminho para futuras mobilizações revolucionárias. A entrada dos dalits na cena política, um acontecimento sem par nas duas últimas décadas, é sem dúvida, pelo menos em parte, produto do naxalismo.

EXCESSOS E LIMITAÇÕES DO PROJECTO NACIONAL POPULISTA

Os governos do Partido do Congresso na Índia independente levaram à prática um plano nacional que, de forma típica para a época, foi influenciado pelas vitórias dos movimentos nacionais de libertação na Ásia e na África após a II Guerra Mundial. Os partidos agora no poder (as forças políticas que se mobilizaram durante esta luta pela independência, pela modernização e pelo desenvolvimento), gozavam de uma legitimidade inegável, mas os planos que puseram em prática foram minados pelas ambiguidades que caracterizavam esses mesmos movimentos de libertação. Esses planos eram anti-imperialistas, visto que consideravam com justiça que a modernização e o desenvolvimento exigiam acima de tudo a independência nacional. Mas pararam aí, convencidos que poderiam impor ao sistema global dominante (o capitalismo mundial) os ajustamentos necessários para permitir que as nações da Ásia e da África se constituíssem como parceiros iguais e poderem assim ultrapassar progressivamente os handicaps do seu “atraso”. Apesar de bem sucedidos numa dimensão apreciável, não conseguiram atingir o sucesso final e cedo esbarraram nas limitações das suas ideias estratégicas.

Os debates dessa época – tanto na Índia como por todo o lado na Ásia e na África – centravam-se especificamente nestas ideias estratégicas. Seria essa uma fase necessária, descrita no calão marxista da época como uma fase “burguesa democrática revolucionária” que se preparava para se aproximar da esquerda, voltando-se para “a construção do socialismo”?

Para além da sua implantada dimensão nacional, o plano dos que estavam no poder incluía medidas de maior ou menor alcance, que lhes tinham sido impostas pela grande aliança do povo contra o imperialismo, impostas mesmo àqueles das classes dominantes que só conseguiam ver os benefícios do capitalismo. No meio das diversas situações, todos os legítimos poderes que tinham surgido da libertação nacional estavam ligados por um denominador comum: ou seja, o seu carácter populista – toda (ou a maioria) a sociedade partilhava, por um lado, o empenho em assegurar os benefícios do desenvolvimento e, por outro lado, o desejo de controlar o processo, impedindo as classes dominantes de se organizarem fora do seu controlo.

Os comunistas demonstraram frequentemente uma clara consciência desta contradição e das limitações que ela impunha quanto aos empreendimentos do sistema mas, por diversas razões que não vou aqui discutir, tal como acontecia com outros sob a influência dos soviéticos (e das atitudes que estes recomendavam, postas em termos de “solução não capitalista”), a maior parte dos comunistas na Ásia e na África acabaram por se tornar, em maior ou menor grau, em forças de apoio “crítico” aos planos nacionais populistas em causa. A cisão que opunha os maoistas aos soviéticos moderava, por vezes, a dimensão deste apoio, principalmente na Ásia. Os comunistas indianos mantinham-se distantes, em diversos graus, do plano nacional populista do Partido do Congresso. Os partidos e as tendências dominantes dos comunistas indianos actuais diferenciam-se pelo grau desse distanciamento. Quanto à dimensão desse distanciamento, os comunistas tinham uma forte posição dentro da sociedade, a qual não pode ser comparada, por exemplo, com a dos comunistas árabes, cujos partidos se aliaram quase incondicionalmente ao populismo dos seguidores de Nasser, do Baath e de Bumediene.

Apesar das suas limitações, os sucessos do plano nacional populista indiano de Jawaharlal Nehru e de Indira Ghandi foram significativos, quer económica quer politicamente.

Logo de início, a colonização levou a cabo uma desindustrialização da Índia, avançada na altura, em beneficio da Grã-Bretanha que estava em vias de industrialização. Por isso, a Índia independente deu prioridade à sua industrialização, o que foi encarado com um alto grau de sistematização, pelo menos inicialmente. Para além disso, promoveu-se a combinação do grande capital privado indiano com as empresas do sector público, para colmatar as falhas do sistema de produção herdado da colonização, acelerar o crescimento e reforçar as indústrias básicas.

As macropolíticas de regulamentação implementadas nessa altura tinham como objectivo servir este plano de modernização. Utilizou-se o controlo dos preços e dos câmbios, os subsídios, a regulamentação das empresas estrangeiras e a importação de tecnologia, para assegurar o principal objectivo de proteger a indústria indiana contra os efeitos devastadores do domínio do capital imperialista nos mercados mundiais. Só em segundo plano é que essa regulamentação visava objectivos sociais – a redistribuição da riqueza e, sobretudo, a redução da pobreza extrema das classes populares. Este plano de modernização industrial acelerada, acompanhado por um plano para o desenvolvimento da produção agrícola (cereais principalmente), baseado na revolução verde (que substituiu a reforma agrária posta de lado – a revolução vermelha!) tinha como objectivo principal tornar o país auto-suficiente em matéria de alimentos. A intenção era canalizar todas as receitas da exportação exclusivamente para cobrir as importações necessárias à sua indústria.

Todo este plano era verdadeiramente capitalista por natureza, no sentido em que os benefícios da produção e as tecnologias escolhidas não contestavam a base lógica fundamental do capitalismo, embora se possa dizer a este respeito que a experiência do socialismo realmente existente (mesmo na China, até certo ponto) não era assim tão diferente quanto parecia, apesar da natureza exclusiva da propriedade pública. No entanto, o plano indiano era nitidamente menos radical, na medida em que o grau de separação do seu sistema de produção em relação ao sistema mundial dominante era menos sistemático do que o era na União Soviética ou na China, onde os salários e os preços – planeados teoricamente – não se podiam comparar com os do sistema capitalista global. Esta característica do plano indiano, que pode ser encontrada noutras experiências nacionais populistas não-comunistas (no mundo árabe, por exemplo), estava intimamente relacionada com a ausência de contestação das estruturas sociais herdadas da colonização.

A dimensão exacta desta estreita relação revelou-se na opção pela revolução verde que, como sabemos, reforçou a posição das classes rurais dominantes e os grandes latifundiários em especial, em vez de os enfraquecer.

Estas diferenças entre o modelo nacional indiano e o da China comunista são responsáveis pelas diferenças visíveis nos seus resultados. A taxa de crescimento da produção industrial e agrícola na Índia não era má nessa época, era significativamente mais alta do que tinha sido durante os tempos colonialistas e superior à média mundial no capitalismo pós-guerra mas, no seu conjunto, as taxas de crescimento mantinham-se em níveis consideravelmente mais baixos que as da China. Para além disso, enquanto que o crescimento na China era acompanhado por uma acentuada melhoria do nível de vida das classes populares, isso não acontecia na Índia onde o crescimento beneficiava exclusivamente as novas classes médias (que eram uma minoria, embora num período de 30 anos tenham aumentado de 5 para 15 por cento da população total do país). A pobreza das classes populares dominantes mantinha-se inalterada, ou mesmo ligeiramente agravada.

O discurso liberal não toma em conta estas realidades básicas. E é por isso que não concordo com as conclusões optimistas tiradas por muitos futurólogos, de que a Índia está prestes a atingir um crescimento acelerado que a elevará à condição duma grande potência mundial, seguindo o exemplo da China. Até agora, a China tem a vantagem do legado da sua revolução radical enquanto que a Índia está prejudicada pelo legado incontestado da sua colonização. É por isso que o crescimento económico na China, sustentado por sistemas de investimento que são mais favoráveis ao desenvolvimento de todo o sistema de produção, continua a prevalecer, comparado com o crescimento na Índia. É verdade que, se a China vier a tornar-se demasiado liberal, e se continuar no caminho ultra-liberal dos últimos 15 anos, veremos o crescimento afrouxar. Na minha opinião, no âmago do desafio que ambos os países enfrentam actualmente está a questão agrária, ou seja, a questão fundamental do acesso de todos os camponeses à terra e à produção, acesso que as pessoas ainda hoje têm na China (mas até quando?) mas que sempre foi recusado à Índia.

Os sucessos políticos da Índia independente são de facto significativos. A Índia é muito mais heterogénea que a China. Foi precisamente por jogar com a diversidade dos povos (e dos estados) indianos que a colonização inglesa conseguiu impor o seu poder. Deve-se agradecer ao movimento de libertação nacional o seu sucesso em manter a unidade da nação federal indiana. A razão para este sucesso é o laicismo do estado indiano, que nem mesmo a vaga do culturalismo hindu conseguiu minar. A diferença entre o comportamento dos governos indianos e da maioria da sociedade indiana em relação à sua minoria muçulmana, e o comportamento dos governos e sociedades dominadas por muçulmanos, demonstra o valor do laicismo. Este progresso democrático não se encontra noutras regiões do mundo (especialmente no mundo árabe e muçulmano). É certo que esta afirmação tem que ser qualificada. Há provas abundantes (que incluem os sikhs por um lado e as lutas nacionais dos povos do nordeste, por outro) das limitações da capacidade do regime para resolver correctamente as questões nacionais.

A experiência da Índia de hoje demonstra a superioridade inquestionável da democracia e a futilidade dos argumentos a favor da gestão autocrática que frequentemente é apregoada como mais eficaz. Isto mantém-se uma verdade, apesar das limitações evidentes e do conteúdo de classe da democracia burguesa em geral, e da sua realidade na experiência indiana. Dando crédito ao movimento de libertação nacional (Congresso e comunistas), esta opção era provavelmente a única forma eficaz de gerir os diversos interesses sociais e regionais (mesmo se limitados aos das classes privilegiadas). Era também a única maneira de ganhar o apoio popular para o plano da minoria que formava o bloco hegemónico.

Na cena internacional, a Índia independente dedicou-se a dar forma à frente sul da época, o Movimento dos Não-Alinhados, cujas origens provêm da Conferência Afro-Asiática realizada em Bandung (1955). Nem mesmo a colisão frontal da Índia com a China pôs em risco esta estratégia abertamente anti-imperialista.

OS DESVIOS LIBERAIS E CULTURALISTAS

A erosão do plano nacional populista era tão inevitável na Índia como em qualquer outro lado dadas as suas limitações e contradições inerentes. Este facto e a deslegitimação do poder que o acompanhou deu azo a uma ofensiva das forças obscurantistas apoiadas pela classe dominante 'compradora' e por uma grande parte das classes médias (cuja expansão estava a diminuir e cada vez mais cercada de dificuldades) motivadas pelo discurso e pelas manobras do imperialismo dos Estados Unidos. A viragem em 1991 para o liberalismo levou à liderança os 'compradores' do Partido do Congresso, mas os seus beneficiários políticos, como noutros sítios, eram culturalistas que encontravam um auditório aberto às suas ilusões irracionais quanto às tensões sociais e à miséria sempre presentes nas reformas liberais.

Na Índia, estas ilusões obscurantistas têm um nome: Hindutva. Este termo designa a afirmação da prioridade da adesão à religião hindu, definida como a “identidade real” das populações do país, por oposição ao conceito de “Bharatva” que se refere à nação. Com efeito, esta afirmação hindu não contesta o legado colonialista quanto à propriedade da terra nem, em particular, quanto ao respeito pelo sistema hierárquico de castas. Quanto a isto, como os comunistas indianos não deixaram de assinalar, as ilusões obscurantistas servem perfeitamente os interesses dos poderes dos 'compradores' e imperialistas. As “especificidades” de que está recheado o seu discurso pseudo nacional ou mesmo quase anti-imperialista, não têm qualquer valor. Alimentam uma renovação do comunitarismo separatista (neste caso anti-muçulmano) que o poder colonialista utilizava, nos seu tempo, para combater as aspirações nascentes da libertação laica, democrática e modernista.

Neste aspecto esta regressão não se diferencia daquela que aflige outras sociedades periféricas que são vítimas da mesma erosão do plano nacional populista, em especial as sociedades árabes e muçulmanas. É claro o paralelo com o Islão político.

No entanto, este desvio adverso não parece necessariamente ser tão marcado na Índia como nos países árabes e muçulmanos. A explicação para isto reside sem dúvida no facto de que os partidos comunistas indianos mantêm as suas distâncias em relação ao plano do Partido do Congresso para a Índia independente, enquanto que os dos países árabes e muçulmanos se aliaram quase incondicionalmente com planos populistas semelhantes. Em resultado disso, os comunistas na Índia têm mantido (ou mesmo alargado) um grau de popularidade que protege a sociedade de uma regressão à época em que quase todos os movimentos comunistas estavam a entrar numa fase de declínio.

Por conseguinte, este declínio foi acompanhado aqui pela radicalização renovada das lutas sociais. Podemos ver provas disso na ofensiva naxalista que, apesar de erros tácticos de apreciação, despertou a consciência revolucionária entre os camponeses em vastas áreas da Índia (aproximadamente um terço). Podemos encontrar outras provas disso na brutal entrada dos dalits no combate político e social (este, sem dúvida, consequência da radicalização da classe camponesa) e no apoio confirmado das classes médias à democracia.

Isto explica porque é que o colapso da legitimidade que o Partido do Congresso desfrutara quase com exclusividade não produziu uma vitória definitiva para a direita. O primeiro governo da ala direita foi derrubado por uma aliança eleitoral da ala esquerda liderada por V.P. Singh que trouxe aos comunistas uma maior influência na vida política do país. Esta aliança ainda frágil foi incapaz de evitar a recuperação eleitoral da direita mas, por seu turno, esta segunda experiência de um governo hindu-'comprador' que se submetia inteiramente aos ditames do imperialismo na ofensiva (acelerando a liberalização económica) fracassou. Nas eleições de 2004 as premissas do culturalismo e do liberalismo hindu promovidas pela burguesia 'compradora' e pelos seus mestres imperialistas foram consideradas como responsáveis pela catástrofe social por parte da maioria do eleitorado indiano. Uma associação destas não se faz em qualquer parte, especialmente nos mundos árabes e muçulmanos.

Mas o combate está longe de ter sido ganho pela esquerda indiana. São tremendos os problemas de organização que o dividido movimento comunista indiano enfrenta. Uma cooperação eficaz na luta requer um esforço maciço para ultrapassar obstáculos históricos, dos quais as formas de organização antidemocráticas não são os menores.

A LONGA E DIFÍCIL MARCHA PARA A ALTER-GLOBALIZAÇÃO

O discurso liberal dominante não só considera que não há alternativa para o liberalismo económico e para a forma de globalização que o acompanha, mas também proclama que o apoio a esta escolha é progressista e que todas as pessoas dotadas de um espírito empreendedor acabam por vencer. Não basta reconhecer que isto é um disparate, que foi desmentido pelos factos e que não resiste a qualquer reflexão teórica séria. A construção de uma alternativa social progressista que faria parte duma integração global diferente – completamente separada da política, da economia e da ideologia mundial neo-liberal (isto é, uma alter-globalização de facto) é ainda difícil e a marcha nessa direcção será longa.

No que diz respeito à Índia, a criação de uma tal alternativa significa obrigatoriamente que tenham de se encontrar respostas adequadas para atingir os seguintes quatro principais objectivos:

1- Encontrar uma solução radical para o problema dos camponeses indianos, baseada no reconhecimento do direito de todos os camponeses à terra, em condições o mais igualitárias possível. Isto, por sua vez, significa a abolição do sistema de castas e da ideologia que o legitima. Por outras palavras, a Índia tem que evoluir para uma revolução tão radical como a da China.

2- Criar uma frente de trabalhadores unidos que integre segmentos das classes trabalhadoras relativamente estabilizadas com aqueles que não o estão. Este desafio é comum a todos os países do mundo moderno, principalmente aos da periferia do sistema, caracterizados pelos efeitos extremamente destrutivos da nova pobreza (desemprego maciço, falta de segurança de trabalho, e excrescência de condições miseráveis no sector informal). É dever dos sindicalistas, dos comunistas e dos activistas dos movimentos populares criar novas formas de luta que melhorem a democracia participativa e, em conjunto, ser capazes de definir as fases duma estratégia a longo prazo.

3- Manter a unidade no subcontinente indiano, pela implantação de governos autónomos democráticos locais, renovar as formas de associação dos diversos povos que compõem a nação indiana em bases democráticas reforçadas. Para derrotar as estratégias do imperialismo que, como sempre, persegue (para lá das suas opções tácticas) o seu objectivo de retirar o poder aos grandes países, pois estes têm melhores condições do que os micro países para fazer frente aos assaltos do imperialismo.

4- Focar as opções políticas internacionais no objectivo central de reconstruir uma frente dos povos do Sul (a solidariedade dos países da Ásia e da África em primeiro e principal lugar) duma forma, claro, que não seja a mesma que presidiu à formação do Movimento dos Não-Alinhados na época de Bandung (1955-1975). Dar a maior prioridade ao objectivo de fazer descarrilar o plano dos Estados Unidos para o controlo militar do planeta e de sabotar as manobras políticas de Washington cujo fim é impedir qualquer aproximação séria entre a Índia, a China e a Rússia.

São consideráveis as forças políticas e sociais que impedem a Índia de se mover nas direcções acima mencionadas. Elas formam um bloco hegemónico que abrange um quinto da população – são as grandes massas dos camponeses e das classes médias abastadas, da alta burocracia e tecnocracia, por detrás da burguesia da alta indústria, do comércio e das finanças, e os grandes latifundiários. Estes 200 milhões de indianos são os beneficiários exclusivos do plano nacional implementado até agora. Sem dúvida, na época actual do grande triunfo liberal, este bloco está a desmoronar-se sob o efeito, entre outros, do fim da mobilidade social ascensional das classes médias mais baixas, que estão ameaçadas com a perda da segurança de trabalho e com o empobrecimento, ou mesmo a pobreza total. Esta situação dá à esquerda a oportunidade de desenvolver tácticas, se puder, para enfraquecer a coerência destas forças reaccionárias em geral e em particular a sua abordagem 'compradora' que é a correia de transmissão para o domínio imperialista globalizado. Contudo, oferece também oportunidades à direita hindu na eventualidade de a esquerda falhar.

Ouvimos muitas vezes a direita dizer que esta “nação de 200 milhões de pessoas” que, por si só constituem um mercado enorme comparável a vários grandes países europeus, é o futuro da Índia, enquanto que a maioria — que atinge uns 800 milhões de indianos mergulhados na pobreza — é apenas a bola e a grilheta a que o país está acorrentado. Para além de repugnante, esta opinião reaccionária é perfeitamente estúpida. A minoria só é privilegiada porque explora os recursos do país e os trabalhadores que são a maioria.

A minoria que constitui este bloco está, assim, numa situação que exclui na Índia a reprodução do compromisso capital-trabalho sobre o qual a social-democracia ocidental foi fundado. O discurso que compara o Fordismo periférico com o Fordismo das regiões desenvolvidas está baseado numa incapacidade enorme de compreender o impacto de cada uma destas duas fórmulas: o Fordismo ocidental partilhava os benefícios da expansão capitalista com a maioria das classes trabalhadoras, enquanto que o Fordismo periférico funciona em benefício exclusivo das classes médias. A Índia não é o único exemplo disto; o Brasil e a China estão hoje em situação idêntica.

O facto de este bloco hegemónico governar sob uma democracia política, tal como acontece na Índia, não diminui a sua dimensão de classe reaccionária. Pelo contrário, é a forma mais eficaz de a estabelecer.

Este bloco hegemónico que governa a sociedade indiana está bem integrado na racional da globalização capitalista dominante e até agora não tem sido contestado por nenhuma das diversas forças políticas através das quais se exprime. Contudo, o projecto nacional indiano mantém-se frágil, incapaz pela sua própria natureza, de se alargar a toda a sociedade, mesmo na forma limitada de um capitalismo “racionalizado”.

Esta vulnerabilidade resulta no comportamento frequentemente oportunista da classe política indiana, justificada a maior parte das vezes por argumentos de política real a curto prazo. Confrontada com o plano dos Estados Unidos para o total controlo (militar) do planeta e com o alinhamento imperialista colectivo da tríade (Estados Unidos, Europa e Japão), a classe política indiana tem sido incapaz até agora de produzir e implementar as contra medidas necessárias. Seria necessário impor a criação de uma frente que unisse a Índia, a Rússia e a China, todas elas ameaçadas de igual modo pela “compradorização” decorrente da expansão do colectivo neo-imperialista. Também seria necessário impor a prossecução mais sistemática duma reaproximação à Europa, tanto maior quanto maior fosse a distância a que esta última se mantivesse em relação ao plano hegemónico de Washington. Os governantes da Índia não dão o devido valor a esta perspectiva, mesmo os que defendem formas de governo mais determinadas a minar o direito dos 'compradores' hindus. Pelo contrário, continuam a dar prioridade aos seus conflitos com a China, encarada como um potencial adversário militar e um perigoso rival financeiro nos mercados de capitalismo globalizado. Acreditam mesmo que podem explorar uma possível aproximação com os Estados Unidos para virem a ser o seu maior aliado na Ásia.

Também outros países no terceiro mundo adoptaram um semelhante raciocínio enganoso: o Brasil, a África do Sul e até a China.

As medidas necessárias para refrear o desenvolvimento de um novo imperialismo colectivo exigem a reconstrução duma frente dos povos do sul. Aqui, de novo, a tarefa não é nada fácil. Os conflitos entre os países do sul, principalmente na área entre a Índia e o Paquistão, causados principalmente pelo desvio culturalista-'comprador' (de que o Islão político é o principal responsável), estão em primeiro plano e reforçam os cálculos tácticos a curto prazo da classe política indiana.

Este oportunismo não só destruirá a longo prazo as condições necessárias para a construção duma alternativa nacional progressista e duma alter-globalização que a sustente, mas também cega os seus defensores ao ponto de os fazer perder de vista a vulnerabilidade da unidade indiana e as manobras dum imperialismo que procura destruí-la. Não haja ilusões nesta área. Mesmo que a diplomacia de Washington optasse agora por “apoiar a Índia e a sua unidade” durante algum tempo, por razões tácticas, o seu plano a longo prazo é o de incapacitar este grande país de tornar-se uma grande potência. A submissão ao projecto de expansão do capitalismo global reforça tendências centrífugas, já que esta submissão acentua as desigualdades regionais de desenvolvimento. A visão da Índia como uma grande potência é inconsistente com as exigências severas de um capitalismo global sob a hegemonia dos Estados Unidos.