A ALEGRIA INVADIU MINHA ALMA

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Big Meu Lindo.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

As Aventuras de PI.

O medo e a solidão são sentimentos que poderiam inspirar filmes tensos e obscuros. Não é o caso de “As Aventuras de Pi”, que traduz a intensidade da experiência do menino Pi Patel em uma viagem visualmente deslumbrante. Mesmo antes do naufrágio de um navio em que cruzava o Pacífico – quando o garoto indiano se vê a sós com um assustador tigre de Bengala – a trajetória de Pi já se mostra interessante. Afinal, nascer na Índia multicultural dos anos 60, chamar-se Piscine, ter três religiões e ser criado em um zoológico não poderia deixar um ser humano impune.
“As Aventuras de Pi” está centrado na relação do garoto com o tigre Richard Parker durante a viagem de ambos. Temos então um animal com nome de gente, e uma pessoa com nome de coisa. Embora mostre a todo momento uma fé inabalável, nosso herói sabe muito bem como manipular as suas crenças para ter cada vez mais capacidade de sobreviver. Por trás de uma luta instintiva e visceral, há mais racionalidade (e mais uma jogada com o nome Pi, que na matemática é um número irracional) do que se pode esperar.
“Pi” é menos indiano do que aparenta. Estar na maior parte do tempo em alto mar de certa forma o torna neutro, pronto a ganhar corações e mentes das mais diversas orientações. A jornada é, acima de tudo, bela e traz uma mensagem interessante sobre como as pessoas enfrentam situações-limite e lidam com seus próprios temores

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