É difícil manter nossa auto-estima elevada quando diariamente, em movimentos sutis e hostis, alguém cruel nos derruba. Quando isso acontece, começamos a nos questionar.
Está uma tarde quente lá fora, mas sinto meu peito congelar. É esse gelo que eu não deixei derreter, é esse grito que eu engasguei, o silêncio se espalhou por toda a sala. É o sentimento de abandono de mim mesmo, a insegurança que me assombra durante o dia e me faz chorar à noite. É assistir a vida se esgueirar e se esgueirar e não ser capaz de fazer nada, o medo de fazer errado ou ter feito errado. É o peso de sentir e armazenar dentro do peito. Fui sufocando pouco a pouco e agora estou sentindo o efeito de tudo caindo sobre mim. Cada vez que eu não estava bem e dizia que não devia ter peso na vida de ninguém, não me incomodava, estava lentamente me matando. Às vezes sinto vontade de gritar, então paro, respiro fundo e digo a mim mesma que isso vai passar e, por mais que eu não acredite, conto até 10 e engasgo mais uma vez o que devo expor. A lua vai e o sol vem. Outra noite, sobrevivi aos meus pensamentos, outro dia para travar uma nova batalha. E lá vou eu.
Meu primo me disse... Um lindo texto , mas com conteúdo extremamente doloroso.
Dizer que imagino sua dor , acho que nem de perto consigo chegar ao seu sofrimento.
Penso sempre que a dor dói no dono dela , os outros só balançam suas cabeças.
Uma coisa que tento aprender, é andar com Deus , imaginar que Ele está comigo .
Mas palavras são palavras, e o que você precisa é mais que isso , a minha impotência diante do que você expõe, só faz com que recorra a Ele , para que aches uma saída. Orarei , e se no meu caminhar puder fazer mais alguma coisa ...
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