O saco é ... Adeus, Ano Velho, feliz Ano-Novo
Uma vez no Rio, eu estava de férias passeando no carro de Nesita, quando parou um ônibus ao meu lado. Olhei e tinha uma menina linda me olhando. Dei uma piscada pra ela e ela retribuiu com um beijinho. Então dei uma lambida nos meus lábios e ela fez uma careta. Depois rimos, e, quando o ônibus partiu, ela mandou um tchauzinho bem íntimo. Fiquei morrendo de vontade de parar o carro, subir no ônibus pra conhecer a garota. Deve ser uma menina legal, pra corresponder assim a uma brincadeira. Mas deixa ela ir embora. Pode ser que uma palavra estrague tudo. Essa cena nunca mais saiu da minha cabeça, nem o rostinho bonito dela. Eu a amei assim como amei a Lúcia. Na minha vida existem lugares, cenas, palavras que eu amo com um grande respeito. Como eu amei um orelhão de esquina que tinha perto da minha casa campineira. Como amei D. Margarida, minha professora de português em Santos, tanto que cheguei a arrancar a tampa da mesa onde ela dava aula, só pra ver as pernas dela. E como dizia Vinicius de Moraes, mais ou menos assim: ‘O amor não é para ser eterno, mas sim infinito enquanto dure’. Feliz Ano Velho.
Marcelo, isso um dia aconteceu comigo, foi bem assim eu estava no banco de trás do ônibus, eu tinha 15 anos.
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