Metrópole das aves, Rio tem centenas de espécies e abriga nas ruas joias de suas florestas
Canários, tucanos e saíras aprenderam a conviver com a selva de asfalto e concreto
RIO - No andar de cima, há sabiá, tucano, sanhaço, saíra, bem-te-vi, neinei, suiriri, periquito e gavião. No de baixo, ônibus, caminhão, camelô, buraco e multidão. Tudo na mesma rua. No caso, a São Clemente, em Botafogo. Mas poderia ser em qualquer outra via arborizada da cidade — acima do asfalto, existe outro mundo na copa das árvores. No que diz respeito a aves, o Rio de Janeiro continua a ser um encanto. Uma variedade de cores, formas e cantos ao alcance da janela. Espécies em extinção estão de volta, assim como alguns dos pássaros mais coloridos do planeta.
— O Rio é a metrópole das aves. Único no mundo. O mar e, principalmente, a floresta proporcionam incrível diversidade de espécies. Os pássaros aprenderam a viver na cidade. Usam as árvores das ruas como prolongamentos das matas dos maciços da Tijuca e da Pedra Branca — explica o professor do Departamento de Biologia da PUC-Rio Henrique Rajão, que, uma vez por mês, lidera um concorrido passeio de observação de aves no Jardim Botânico do Rio.
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