Mãe quando eu chamei seu nome várias vezes e você não respondeu, chamei, chamei, chamei...
Eu senti meu coração parar de bater e vir parar na minha boca. Eu quis chorar, eu quis gritar ou fazer qualquer coisa que fizesse essa dor sair de dentro de mim mas, eu não consegui, eu só aceitei que essa seria a ultima vez e me deixaria respirando. A sensação é horrível e eu? Bom, eu ainda não sei o que fazer.
Chamei socorro, SAMU, Bombeiros...Trouxeram a cadeira maca cor verde, te pegaram com seu lençol e lá se foi pela última vez que te vi. E lá se foi você pra longe de mim, minha irmã começou limpar a cama trocar as roupas, levar travesseiros, enquanto isso soube que ainda no portão fizeram vários procedimentos, meu primo comentou com mãe dele, minha tia, que não tem mais jeito, vai morrer...
Só podia ir uma pessoa com ela na ambulância, então minha sobrinha foi, a levaram para um socorro mais próximo, pois não daria tempo de chegar no hospital no Méier, UPA de Manguinhos, lá foi bem atendida, laudo bronco aspirou alimentos, a entubaram oxigênio e 2 horas depois ela faleceu às 14:30, do dia 24 de setembro de 2018 segunda-feira.
Minha sobrinha agiu tudo, como fez com meu irmão hã 1 ano e seis meses atrás, mamãe como eu temos plano funeral, cobriu tudo e cuidaram dela, colocaram a roupa que minha irma levou, e a levaram para a funerária para aguardar o enterro n outro dia às 16:30 no cemitério de Inhaúma.
Ninguém pode imaginar como me senti, impotente, sem poder fazer nada.
Chorei muito, várias vezes, mas me controlei bem, meu irmão veio, a casa ficou cheia etc
Palavras, consolos, orações, e eu me controlando.
Acho que pouco adianta, o tempo passa segue seu destino, tudo vai acontecendo. Sem muito o que fazer.
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