Para aquele que tem a responsabilidade de ensinar, é mais fácil proibir. Não leia. Não examine. Não faça. É uma forma de economizar tempo e energia. Esta postura, porém, se baseia num quase autoritarismo, cuja arma principal é o medo. Quando, entretanto, o perigo da punição se enfraquece ou desaparece, a proibição é enfrentada e desobedecida.
Ao encorajar o livre exame das coisas, Paulo acrescenta um conselho: o de reter o que é bom. Ao dizer isto, o Apóstolo sabia muito bem que estava orientando no sentido do discernimento. Do discernimento espiritual. Porque, entregues a nós mesmos, não temos normas seguras para avaliar as coisas. Cristo tem. Por isso, Paulo nos encoraja a termos “a mente de Cristo”: Sua visão espiritual, Seus valores, Sua submissão à vontade do Pai. Consequentemente, é importante não nos enganarmos. Sem a atitude de Cristo, certamente não saberemos reter o que é bom. Examinar tudo não significa guardar tudo. Voltando a Paulo, ele diz: “Depois que conheci a Cristo, tudo o mais considerei como esterco”. Reter a Cristo é reter o que é bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário