O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciaram na segunda-feira (18) um acordo fechado com os três estados que dividem a bacia do rio Paraíba do Sul (SP,RJ e MG) para garantir o abastecimento nos 37 municípios que captam água diretamente na calha do rio e para prolongar a vida útil dos reservatórios no atual período seco, que termina em novembro.
De acordo com o anúncio feito pela ministra Izabella, ontem (18) no final da tarde em entrevista coletiva no ministério do Meio Ambiente, a vazão afluente à barragem de Santa Cecília será reduzida dos atuais 165m³/s para 160 m³/s a partir do dia 10 de setembro. O prazo se justifica para que municípios possam implementar medidas necessárias de ajustes em suas captações de água.
No reservatório do rio Jaguari, em São Paulo, de gestão hídrica estadual, a vazão defluente, que foi reduzida de 30m³/s para 10m³/s pela Cesp, o agente operador da barragem, no dia 06/08, será aumentada para 43m³/s a patir do dia 20 de agosto.
No reservatório de Paraibuna, no trecho paulista do rio Paraíba do Sul, de gestão hídrica federal, a vazão defluente, que foi aumentada de 62m³/s para 80m³/s pelo Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) a patir do dia 09 de agosto, a pedido da ANA, para compensar a redução no Jaguari, será reduzida para 47m³/s, também a partir do dia 20 de agosto.
De acordo com a ministra, 37 municípios captam água na calha do rio Paraíba do Sul para abastecimento, sendo 26 no Rio de Janeiro e 11 em São Paulo. No estado de Minas Gerais, 88 municípios são afetados indiretamente pela vazão do Paraíba do Sul, pois captam em seus afluentes.
Participaram da reunião, o secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Portinho; o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce; o secretário de Energia de São Paulo, Marco Antonio Moriz; o secretário-adjunto de Meio Ambiente do Minas Gerais e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, Danilo Vieira Júnior; o diretor geral do ONS, Hermes Chipp; a presidente do Instituto do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), Isaura Frega e a diretora geral do Instituto Mineiro das Águas (Igam), Marília Melo.
Os secretário vão voltar a se reunir em meados de setembro para avaliar o cenário.
* Publicado originalmente no site Agência Nacional de Águas.
(Agência Nacional de Águas)
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