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quarta-feira, 11 de abril de 2018

BIOGÁS DE ESGOTO

Tecnologia converte biogás do esgoto em combustível para carros em Franca


Em parceria com instituto alemão, Sabesp vai abastecer 200 veículos com biometano produzido em estação de tratamento. Sistema tem benefícios financeiros e ambientais, diz companhia.
Em uma parceria considerada inédita no país, a Sabesp inaugurou na quinta-feira (5) em Franca (SP) uma tecnologia que permite a utilização do biogás do esgoto no abastecimento de veículos.

O biometano é adequado para motores que já aceitam o gás natural veicular (GNV) e vai movimentar 200 carros da companhia, que no município recebe 50 milhões de litros de resíduos por dia. A cidade escolhida para o início do projeto é reconhecida por tratar 100% do esgoto gerado.

A tecnologia, que demandou um investimento de R$ 7,4 milhões, representa economia de gastos com combustíveis como a gasolina e benefícios ao meio ambiente, além de ter potencial para ser expandida para todo o país, afirma o presidente Jerson Kelman.

"Esse biogás em várias estações de tratamento de esgoto do país é desperdiçado, é queimado. O que nós estamos fazendo aqui de forma pioneira é utilizar esse biogás de uma forma útil, ou seja, separando os componentes nocivos para a combustão com processos químicos por filtragem. Nós conseguimos produzir um produto puro o suficiente para ser utilizado em veículos", diz.

Do esgoto ao biometano
O biometano é o resultado de uma série de filtragens feitas a partir do gás resultante dos resíduos sólidos processados nos biodigestores da estação de tratamento.


Bruto, o metano traz em sua composição substâncias prejudiciais ao funcionamento do carro, que são retiradas por etapas, explica a superintendente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Sabesp, Cristina Zuffo.

O resultado é um combustível com até 97% de pureza, dentro dos padrões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. (ANP).

"O gás de esgoto tem muitas impurezas na composição: gás carbônico, a própria umidade, siloxanos, que vêm dos produtos de beleza e higiene pessoal. E a gente precisa aumentar o poder calorífico desse gás, ter um poder de combustão maior. Então é preciso tirar todas essas impurezas pra gente poder deixá-lo com mais metano possível e atender as condições para colocar em carros", explica.


A ideia não é recente. Nos anos 1980, a Sabesp já havia realizado uma iniciativa parecida, mas não encontrou meios tecnológicos adequados de torná-la viável.

"Pelo fato de a gente não dominar totalmente a tecnologia, isso mundialmente falando, a tecnologia de purificação desse biogás, e também pelo fato de não termos muitos carros adaptados pra uso do GNV, que é a mesma tecnologia que a gente usa para o biogás, esse projeto acabou não tendo muito sucesso, mas foi bom, porque a gente aprendeu os caminhos", afirma.



A implantação do atual sistema levou dois anos e foi possível graças a uma parceria com o Instituto Fraunhofer IGB, fundação de pesquisas aplicadas existente desde 1949 que forneceu os equipamentos que armazenam, beneficiam e comprimem o biogás.

Jerson Kelman, presidente da Sabesp


Por outro lado, a Sabesp cuidou das instalações necessárias, das adaptações dos veículos para poderem receber o biometano e das questões burocráticas. Com um tempo estimado em sete anos para obter o retorno do investimento, Kelman defende que o sistema é financeiramente viável.

"Talvez o principal desafio seja em cidades em que os veículos já não utilizam o gás natural tenham que fazer a conversão. Essa conversão é um desafio que terá que ser vencido. Em cidades onde já há tradição, já há gás natural isso fica mais fácil, porque o processo é o mesmo."

Ao todo, 1,5 mil litros de gasolina deixarão de ser consumidos por dia somente em Franca, segundo ele. "Isso pode ser replicado país afora. Nós da Sabesp pretendemos fazer isso e outras empresas de saneamento podem seguir o exemplo."


Technology converts biogas from sewage into fuel for cars in France

In partnership with German institute, Sabesp will supply 200 vehicles with biomethane produced in a treatment plant. System has financial and environmental benefits, company says.
In a partnership considered unprecedented in the country, Sabesp inaugurated on Thursday (5) in Franca (SP) a technology that allows the use of biogas from the sewage in the supply of vehicles.

Biomethane is suitable for engines that already accept natural gas (CNG) and will move 200 cars of the company, which in the municipality receives 50 million liters of waste per day. The city chosen for the start of the project is recognized for treating 100% of the sewage generated.

The technology, which required an investment of R $ 7.4 million, represents savings on fuels such as gasoline and environmental benefits, and has the potential to be expanded nationwide, says President Jerson Kelman.

"This biogas at several sewage treatment plants in the country is wasted, it is burned. What we are doing here in a pioneering way is to use this biogas in a useful way, that is, separating the components harmful to the combustion with chemical processes by We were able to produce a product pure enough to be used in vehicles, "he says.

From sewage to biomethane
Biomethane is the result of a series of filtrations made from the gas resulting from the solid waste processed in the biodigesters of the treatment plant.


Brute, methane contains in its composition substances that are harmful to the operation of the car, which are removed in stages, explains the superintendent of research, development and innovation of Sabesp, Cristina Zuffo.

The result is a fuel with up to 97% purity, within the standards of the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels. (ANP).

"Sewage gas has many impurities in the composition: carbon dioxide, the very moisture, siloxanes, which come from the products of beauty and personal hygiene, and we have to increase the calorific value of that gas, to have a greater combustion power. I need to remove all these impurities so that we can leave it with more methane and meet the conditions to put in cars, "he explains.


The idea is not recent. In the 1980s, Sabesp had already undertaken a similar initiative, but did not find adequate technological means to make it viable.

"Because we do not totally dominate the technology, this world-wide, the purification technology of this biogas, and also because we do not have many cars adapted for the use of NGV, which is the same technology that we use for biogas , this project ended up not having much success, but it was good, because we learned the way, "he says.


The implementation of the current system took two years and was possible thanks to a partnership with the Institute Fraunhofer IGB, an applied research foundation that has been in existence since 1949, which provided the equipment that stores, benefits and compresses biogas.

Jerson Kelman, president of Sabesp

On the other hand, Sabesp took care of the necessary installations, the adaptations of the vehicles to be able to receive the biomethane and the bureaucratic issues. With an estimated seven years to get the return on investment, Kelman argues that the system is financially viable.

"Maybe the main challenge is in cities where the vehicles no longer use natural gas have to do the conversion." This conversion is a challenge that will have to be overcome. , because the process is the same. "

In all, 1,500 liters of gas will no longer be consumed per day in France alone, he said. "This can be replicated across the country. We at Sabesp intend to do this and other sanitation companies can follow suit."

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