Nascida em 01/08/1964,
Filha de Mãe Zuleica de Souza Figueiredo.
Pai Edmar Maciel de Figueiredo (falecido )
EU sofri um acidente automobilistico no dia 09/03/1984,aos 19 anos.
Estava no banco de trás de um Opala branco,sem cinto de segurança,
num cruzamento em bonsucesso-rj,o motorista do carro em que eu estava não obedeceu a placa de pare,
e seguiu em frente achando que daria tempo de atravessar o cruzamento.
mas não deu,e um ônibus bateu em cheio na lateral traseira do carro,e só parou quando imprensou o carro no poste.
E eu fui a unica quem se machucou com gravidade,por ter sido jogada de um lado pro outro,quebrei o pescoço e desmaiei ...
Tentaram me socorrer com rapidez,e um enfermeiro que passava ajudou,e nem esperaram o socorro,quebraram o vidro de trás e me tiraram
por ali,eu não vi nada,me contaram depois,o meu namorado na época estava no banco do carona na frente e teve ferimentos leves,
O nome dele é Nei Paulo da Silva Brandão...Ele foi comigo até o Hospital de Bonsucesso,eu acordei só lá na emergência,tive os primeiros atendimento,
fui tirar raio x,e constatou-se fratura e luxação na coluna cervical altura da C5,eC6,exames e testes FORAM FEITOS e constataram que eu perdera a sensibilidades, eu não sentia meu corpo do ombro pra baixo e seria necessário atendimento especializado de neuro-ortopedista .neste hospital não tinha nem médico ortopedista..
E me transferiram para o Hospital Miguel Couto,fui de ambulância com um enfermeiro,ah,já estava com o pescoço enfaixado e no caminho me sentia muito mal....
Tive enjôo vontade de vomitar foi um horror,me senti sozinha queria minha mãe,chorei muito...Ao chegar lá muita correria,me levaram pra emergência e tiraram toda minha roupa,rasparam meus cabelos totalmente para colocar uma tração....
Aplicaram umas quarenta anestesias na cabeça perto da fronte,onde seria furado,se eu não estivesse acordada,teriam errado,no lado direito quase furaram minha fronte,eu quem avisei aos médicos residentes que me atenderam,a dor era grande,começou a pulsar minha cabeça,para usar a furadeira no crânio,pra fixar o aparelho de descompressão da medula é colocado 4 parafusos que foram presos na minha cabeça n um aro.
Para prender com cordas os pesos da descompressão,fui pra enfermaria feminina,me colocaram com os pés virados pra janela,e cabeceira da cama pra porta,colocaram nos pés da cama alguma coisa pra elevar a cabeceira e assim os pesos puxarem minha cabeça pra trás,até o dia da operação,que seria depois de cinco dias,nesse pouco tempo tive um escara no cócxis,que foi aumentando,precisava de CTI mas não tinha vaga,os médicos chamaram minha mãe e falou da gravidade do meu estado e que eu só teria 24 horas de vida,ela me entregou nas mãos de DEUS SÓ ELE IRIA DECIDIR,E o tempo foi passando,48,72,horas de vida....Chegou o dia de operar,foram 8 horas de operação,o neuro ortopedista Dr Sergio Franco foi quem me operou,fixou na minha coluna 2 placas com 3 parafusos,tirou uns nervos da minha perna esquerda,pra fazer um enchimento na coluna...Perdi muito sangue e ao voltar pra enfermaria precisei receber alguns litros de sangue,é super gelado senti muito frio,me encheram de cobertores pra me aquecer...Meu estado se agravou muito,mas ainda não havia vaga no CTI ENTÃO trouxeram o chefe de lá o abençoado Dr João Alberto Morais Pessoa,que orientado por Deus descobriu um principio de pneumonia e receitou vários remédios,e tudo que ele fez deu certo e comecei melhorar cada dia mais o Dr Pessoa trouxe cama do cti oxigênio,tudo que eu ira precisar,ele foi maravilhoso,com as melhoras me mandaram fazer fisioterapia comecei,depois de algumas sessões fizeram uma manobra errada na minha perna direita e deslocaram meu joelho direito,que ficou com defeito até hoje...E ainda queimaram com o saco de água muito quente,o tempo foi passando,minha mãe e irmã faziam revezamentos,aconselharam desde o começo pra minha mãe não me deixar nunca sozinha,e ela fez isso,e ainda ajudava outras pessoas na enfermaria,ficavam pedindo a Deus pra eu não ter alta,e ela continuar ajudado-as,mas pra ter alta era preciso ter uma cama hospitalar,uma cadeira de rodas,e outra de banho,minha família não tinha condições de comprar,foi preciso doação de uma igreja Católica do Engenho Novo,onde fui morar,que me deu a cama que uso até hoje,a cadeira foi uma amiga,e depois já tive umas 4 cadeiras de passeio,de banho umas cinco,pois enferrujam facilmente,...A casa em que morávamos antes do acidente era nos fundos de um corredor muito estreito de difícil acesso onde não pude mais voltar,então a sogra da minha irmã,nos alugou uma casa de frente e maior,com acesso mais fácil,depois da mudança da família, tive alta depois de três meses internada....NÃO recebi nenhum seguro,NENHUMA indenização as despesas eram grandes,usava sonda urinária,medicamentos,fraldas descartáveis , sacos pra urina,tudo comprado por meus familiares,foram dias e dias de fisioterapia ...Anos se passando,família diminuindo,irmãos se casando,minha irmã se casou em 1990,o outro irmão já tinha se casado em 1987,em 96 minha irmã se separou,e viemos morar com ela,em 1999,Janeiro dia 12,meu pai faleceu que tristeza , e quem me sustentava,com o trabalho de frentista e lubrificador,minha mãe então passou a me sustentar com uma pequena pensão de viúva,eram dois salários e meio,,mas com as perdas anuais, hoje é um salário e pouco menos que meio, não dá pra tudo que precisamos,parentes e amigos nos ajudam,com o que falta,é bom ter ajuda,mas é constrangedor,"Mendigar tenho vergonhha">>>>Desculpem os erros,escrevo catando milho,quando faltam letras,já estou cansada para corrigir,gostaria,na próxima vez ,vou tentar,este foi o relato do acidente,a vida continuouuuu....Rose
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