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terça-feira, 10 de março de 2015

EXTRAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA - Illegal logging is still reality in Brazil, says new study FSC

Extração ilegal de madeira ainda é realidade no Brasil, aponta estudo inédito do FSC
Praticamente todos os estados brasileiros apresentaram taxas de desmatamento acima de 100 km2 anuais nos últimos anos. Pará, Maranhão e Mato Grosso foram as regiões que tiveram maiores áreas convertidas, ou seja, extensões de matas nativas derrubadas para outro uso. As perdas nestes três estados variaram entre 3 e 7 mil km2.

Este foi apenas um dos resultados encontrados pela Avaliação Nacional de Risco do Brasil, mapeamento inédito das atividades florestais no país, realizado pelo FSC Brasil e divulgado hoje (05/03), em São Paulo.

O estudo leva em conta cinco aspectos: exploração ilegal de madeira, violação dos diretos humanos, exploração em áreas de alto valor de conservação, exploração de florestas sendo convertidas em plantações e transgênicos.

O documento, que cruza dados de fontes públicas e privadas, tem como objetivo identificar riscos da exploração ilegal de madeira e servir de instrumento para melhorar o planejamento de políticas públicas e iniciativas privadas para a conservação florestal.

Infelizmente, o levantamento indica que ainda há muito a ser feito no país. "A ilegalidade ainda é uma realidade no Brasil", afirma Fabíola Zerbini, secretária-executiva do FSC Brasil. "E a conversão de matas nativas se mostra muito presente". A região norte é onde esta situação é mais alarmante, sobretudo porque este é o lugar em que ainda há maior extensão de remanescentes de floresta nativa no país.

Nas demais regiões brasileiras, há maior concentração de florestas plantadas, o que facilita o monitoramento e a certificação das mesmas. Fabíola Zerbini explica que é justamente o manejo sustentável que permite a preservação ambiental. "Com a certificação, mantemos a floresta de pé. O manejo inteligente gera recursos e a sobrevivência da mata".

Todavia, a executiva do FSC Brasil alerta que existe uma inviabilidade econômica para aqueles que adotam boas práticas no setor florestal. Eles acabam competindo com o preço da madeira ilegal, que não é sobrecarregada com custos com funcionários e técnicas de manejo apropriadas, por exemplo.

Também foram verificados registros de autos de infração que revelam desmatamento em zonas de proteção e Unidades de Conservação de norte a sul do Brasil. Os dados comprovam a falta de controle para evitar a extração ilegal de madeira.

Outro dado estarrecedor que a Avaliação Nacional de Risco do Brasil revela é a identificação de trabalho escravo e infantil, ligados à madeireiras em diversos estados.

De acordo com Fabíola Zerbini, o estudo evidencia a falta de dados seguros e atualizados e monitoramento constante sobre a exploração de madeira no Brasil. "Precisamos amadurecer as fontes e contar com informações mais confiáveis", diz.

O FSC Brasil é um dos braços de uma organização não-governamental, internacional, sem fins lucrativos, que promove o responsável ao redor do mundo.
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Illegal logging is still reality in Brazil, says new study FSC
Almost all Brazilian states had rates of deforestation above 100 km2 annually in recent years. Pará, Maranhão and Mato Grosso were the regions that had higher areas converted, ie, native forests extensions cleared for other use. The losses in these three states vary between 3 and 7 km2.

This was just one of the findings of the National Assessment of Brazil Risk, unprecedented mapping of forest activities in the country, conducted by FSC Brazil and released today (05/03), in São Paulo.

The study takes into account five aspects: illegal logging, violation of human rights in operation, exploration in areas of high conservation value, exploitation of forests being converted to plantations and transgenic.

The document, which crosses data from public and private sources, aims to identify risks of illegal logging and serve as an instrument to improve the planning of public policies and private initiatives for forest conservation.

Unfortunately, the survey indicates that there is still much to be done in the country. "Illegality is still a reality in Brazil," said Fabiola Zerbini, executive secretary of FSC Brazil. "And the conversion of native forests proves very present." The northern region is where this situation is more alarming, especially since this is the place where there is even greater extent of native forest remaining in the country.

In other Brazilian regions, there is a greater concentration of planted forests, which facilitates the monitoring and certification thereof. Fabiola Zerbini explains that it is precisely the sustainable management that allows for environmental preservation. "With this certification, we keep the forest standing. The intelligent management generates resources and the survival of the forest."

However, the executive FSC Brazil warns that there is an economic impossibility for those that adopt best practices in forestry. They end up competing with the price of illegal timber, which is not overloaded with personnel costs and appropriate management techniques, for example.

We also verified assessment notices records that reveal deforestation in protected areas and protected areas north of the south of Brazil. The data confirm the lack of control to prevent illegal logging.

Another appalling as the National Assessment of Brazil Risk reveals is the identification of slave and child labor, linked to logging in several states.

According to Fabiola Zerbini, the study highlights the lack of safe and updated data and constant monitoring of timber harvesting in Brazil. "We need to mature sources and have more reliable information," he says.

The FSC Brazil is one of the arms of a non-governmental organization, international, non-profit that promotes responsible around the world.


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