Pesquisa realizada pela Grant Thornton com 2.500 empresas em 34 economias mostra que a postura social e ambientalmente sustentável gera, além de uma boa imagem pública, retorno financeiro. Por meio da análise dos dados do IBR (International Business Report), nota-se que um número crescente de empresas passa a produzir relatórios de sustentabilidade que acompanham e complementam o financeiro.
No Brasil, 300 empresas participaram da pesquisa e os resultados mostram que a melhoria da eficiência energética e gestão de resíduos são as práticas mais usuais (48%), seguidas por criação de produtos e serviços que reduzem impacto ambiental (46%), doações para organizações de caridade (42%), realização de due diligence para medir impacto do negócio sobre direitos humanos (27%) e cálculo da pegada de carbono (22%).
Quando perguntados sobre as motivações para implantar mais ações de responsabilidade social, a maioria dos empresários brasileiros afirma que a principal é o senso de moralidade e de ajuda ao próximo e meio ambiente (83%). Em segundo lugar está a gestão de custos (80%), seguida por demanda do cliente (72%), atratividade para recrutar e reter bons profissionais (69%), isenção fiscal (65%), pressão do governo (57%) e relações com investidores (44%).
Globalmente, a práticas mais comuns são doações para causas sociais (68%), participação em atividades comunitárias (65%) e gestão de resíduos e eficiência energética (65%). Já entre as motivações a gestão de custos é predominante : 67% do total de respondentes, 77% na América Latina e 76% na América do Norte. A segunda principal causa é a demanda de cliente / consumidor (64%), seguido por “porque é a coisa certa a se fazer” (62%).
De acordo com Luciano Bordon, sócio de Advisory da Grant Thornton Brasil, “Credenciais sociais e ambientais fortes também contribuem para ganhar a lealdade do cliente e melhorar a reputação, algo cada vez mais importante com o surgimento dos meios de comunicação social. Vivemos em um mundo cada vez mais digital, as empresas e marcas estão sujeitas a receber feedback imediato do cliente imediato, por isso empresas que lucram enquanto meio ambiente e população local são prejudicados, irão sentir muito rápido um queda na demanda por seus produtos ou serviços”.
Em relação aos direitos das crianças, 59% dos empresários brasileiros se dizem cientes e apenas 5% desconhecem os totalmente os princípios. Além disso, quase metade das empresas pesquisadas já produzem relatórios de sustentabilidade (49%), sendo que 33% pretendem reportar externamente nos próximos 5 anos e 77% acreditam que o relatório de sustentabilidade deve integrar o financeiro.
“Os relatórios integrados podem desempenhar um papel importante no sentido de incentivar as empresas a demonstrarem não apenas desempenho financeiro, mas também no contexto social, ambiental e econômico. É mais completo porque não se limita a oferecer apenas uma avaliação do seu modelo operacional, proporciona uma visão mais ampla e que atende melhor às necessidades dos investidores e outros interessados”, afirma Luciano Bordon da Grant Thornton Brasil.
(Grant Thornton)
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