A ALEGRIA INVADIU MINHA ALMA

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Big Meu Lindo.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

IDS - INSTITUTO DEMOCRACIA E DESENVOLVIMETO

O Brasil é o único país do mundo com nome de árvore. O Pau-Brasil (Caesalpinia echinata), contudo, está praticamente extinto na natureza. Essa talvez seja uma das mais simbólicas discrepâncias da nossa identidade nacional, mas certamente não é a única.



O BRASIL QUE QUEREMOS

Nas duas últimas décadas, o Brasil evoluiu positivamente na consolidação da democracia, no fortalecimento da sociedade civil, no equilíbrio da economia e em diversos indicadores sociais. Milhões de pessoas saíram da condição de pobreza. A moeda se tornou estável e a economia, menos vulnerável. O país acumulou experiências concretas em inúmeros projetos de caráter local e regional, participativos e de valorização da diversidade socioambiental. Avançou na construção de uma legislação orientada para garantir aos brasileiros o direito ao meio ambiente saudável.

Esses avanços, porém, não foram suficientes para superar problemas históricos – como a desigualdade, a corrupção ou a degradação ambiental. Eles também não são suficientes para nos preparar para uma sociedade sustentável.

O mundo vive uma crise profunda, que é econômica, ambiental e também de cultura política. A mudança climática decorrente da ação humana é uma ameaça real à sobrevivência da nossa espécie. Em meio à crise, diversos países buscam novas formas de construir o futuro. O Brasil não tem o direito, para si mesmo e perante a história, de perder a oportunidade única de implantar um modelo de desenvolvimento efetivamente inédito, rompendo com o modelo geopolítico e cultural estabelecido nos últimos séculos.

O Brasil abriga parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta, grande extensão de terras cultiváveis, diversidade étnico-cultural, bem como uma rica variedade de formações naturais cujo papel é fundamental no equilíbrio climático continental e global. Esses recursos serão cada vez mais fundamentais daqui para frente. Não podemos continuar a serrar o galho em que estamos sentados pela destruição deste potencial e pela incapacidade de transformá-lo em soluções concretas. Ainda é possível e viável substituir o crescimento econômico imediatista pelo desenvolvimento sustentável. Temos inteligência, sensibilidade, conhecimentos científicos, saberes tradicionais, tecnologias e capacidade de mobilização.

O grande desafio é acelerar processos, unir forças, reunir recursos, demonstrar vontade e criatividade. Muitos continuam imobilizados na própria inércia e apregoando modelos econômicos equivocados e ultrapassados, brincando perigosamente com o tempo da natureza, empurrando para as próximas gerações tudo aquilo que deve começar a ser feito já.

Precisamos construir soluções para a falta de qualidade de vida e degradação ambiental nas cidades. Para uma estrutura fundiária concentrada, que não dialoga com as necessidades do país. Para sistemas educacionais e de saúde pública injustos e de baixa qualidade. Para o sistema político vigente, que não atende ao interesse público.

O Brasil que imaginamos é o Brasil do respeito à natureza, das cidades saudáveis, da saúde e da educação de qualidade, do trabalho decente, da valorização da diversidade, da igualdade de gêneros, dos direitos das minorias e da distribuição da renda e da riqueza. Das indústrias limpas e eficientes, do uso inteligente de recursos, de fontes alternativas de energia, da agricultura sustentável, do cuidado com a qualidade das águas, de empresas modernas e responsáveis e do setor público eficiente e coordenado.

E você, em que Brasil quer viver?

Texto divulgado no site do IDS em maio de 2010 (www.ideasbr21.org)

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Breve histórico do processo que levou à criação do IDS
Uma convergência de processos econômicos, ambientais e sociais vem contribuindo nos últimos quatro anos para dar um sentido de urgência inédito à discussão sobre a insustentabilidade dos atuais padrões de produção e consumo. As evidências sobre o aquecimento global provocado pela ação humana e seus impactos econômicos contribuíram para tornar aguda a percepção sobre a urgência de buscar novos modelos de desenvolvimento.

No Brasil, organizações da sociedade civil discutem há alguns anos os caminhos do desenvolvimento. Em 2004, o Instituto Socioambiental lançou o mote “Amansa Brasil – Desenvolvimento, Sim. De qualquer jeito, não”, com o propósito de “mobilizar esforços de colaboradores e instituições dos mais diversos setores da sociedade para fazer um balanço prospectivo dos rumos do desenvolvimento do país.  Em 2006, o Instituto Ethos lançou o “Manifesto pela Sustentabilidade”, no qual afirmava que “a assimetria crescente entre ricos e pobres e as ameaças por conta do mau uso dos recursos naturais não só comprometem as sociedades democráticas como exaurem o próprio planeta”. Outros movimentos surgidos no país nos anos seguintes ajudaram a disseminar o socioambientalismo entre diversos segmentos da sociedade, como a criação do Movimento Nossa São Paulo e do Fórum Amazônia Sustentável.

No final de 2008, influenciados também pelo contexto precoce das candidaturas para as eleições de 2010, lideranças de ONGs, empresários e políticos, como a Senadora Marina Silva, começaram refletir sobre: como a agenda socioambiental pode sair da marginalidade e entrar na centralidade da economia, da política e da cultura do país? Como permitir que o Brasil acerte o passo com a história e dê uma contribuição importante e original à crise planetária?

Entre as respostas a essas perguntas, estava a percepção de que num momento em que a comunidade internacional discute o mundo pós-crise e a transição para uma economia de baixo carbono, o Brasil teria a chance de se tornar uma liderança global com base em novos valores e premissas, fundamentados na valorização de seu potencial econômico, de seu patrimônio ambiental e de sua diversidade sociocultural.

Nesse contexto surgiu a ideia de lançar um movimento nacional da sociedade civil, estratégico, inclusivo e suprapartidário (apelidado inicial e provisoriamente de “Brasil com S” e depois de Movimento Brasil Sustentável), voltado para a construção e disseminação de uma nova visão de país, para “sair do discurso e tornar realidade um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil” (Manifesto Brasil Sustentável, julho 2009).

Em agosto de 2009, a Senadora Marina Silva deixou o PT após 30 anos de militância, e filiou-se ao PV, sinalizando uma potencial terceira via nas eleições presidenciais de 2010. A oportunidade de colocar a sustentabilidade no centro das discussões das eleições presidenciais de 2010 levou as lideranças envolvidas com o Movimento Brasil Sustentável a adiarem o seu lançamento.

Paralelamente, foi criado o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), com a missão de convergir e potencializar ideias e propostas que contribuam para aprofundar a democracia e colocar a sustentabilidade como valor central para a vida no Século 21, e tendo a Senadora Marina Silva como sua primeira presidente e importantes referências do movimento socioambiental brasileiro entre os seus fundadores. Nessa ocasião, o papel do IDS é apontado como um ator relevante da sociedade civil nos processo locais, regionais e nacionais para a construção de um novo acordo social que tenha a democracia e sustentabilidade como valores centrais.

Com sede instalada em São Paulo, o IDS realizou cinco rodas de conversa sobre importantes temas da agenda nacional durante 2010: saúde, educação, desenvolvimento urbano, economia, e segurança pública.

Em 2011, o IDS elegeu uma nova diretoria, ampliou seu número de sócios e definiu um plano de trabalho para o biênio 2011/2012, com as seguintes linhas:
Criação de canais para divulgação e participação visando aprimoramento da Plataforma Brasil Democrático e Sustentável
Detalhamento dos temas: nova forma de fazer política; cidades sustentáveis; educação para vida no século 21
Acompanhamento e proposição de alternativas para temas de conjuntura, como a discussão do Código Florestal


Quem Somos
O IDS é uma organização da sociedade civil, plural e apartidária, criada em outubro de 2009, que tem como missão criar convergência e potencializar iniciativas que contribuam para colocar a democracia e a sustentabilidade como valores centrais para a vida no Século 21.

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