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sexta-feira, 16 de maio de 2014

O vendedor de chá que chegou a premier na Índia

NOVA DHÉLI — Quando Narendra Modi se tornou candidato a primeiro-ministro na Índia, jornalistas locais foram à procura de mais informações sobre sua vida privada e se surpreenderam: havia nada, ou muito pouco que pudesse causar alguma polêmica. O maior “escândalo” sobre o solteirão convicto dizia respeito a uma tradição no país. Quando era rapaz, e como regra, casou com a jovem que o pai escolheu, mas não viveu com ela. Apenas 45 anos depois, o nome da jovem veio á tona.
— Não tenho família, por isso não tenho ninguém a quem beneficiar — disse num comício em que escolheu falar sobre a corrupção que mina o governo.
Narendra Damodardas Modi nasceu na Índia das castas e a sua, a ghanci, estava nos escalões mais baixos. Ao voltar à sua terra, foi vender chá aos passageiros da estação de comboios de Vadnagar. A biografia oficial conta que ele não se destacou na escola e que era uma criança muito reservada. Um dia fugiu de casa e acabou num mosteiro nos Himalaias, onde ficou por alguns meses, mas não se integrou.
Aos 10 anos, na tumultuosa década de 1960 com batalhas ideológicas e crise econômica, Modi começou a assistir às reuniões matinais da Rashtriya Swayamsevak Sangh, (RSS, que em português significa Organização Voluntária Nacional), disciplinado e extremista grupo de direita nacionalista hindu.
Quando acabou os estudos — há dúvidas sobre até que ano ele foi e há quem fale na universidade, mas o tema é nebuloso —, Modi decidiu dedicar-se inteiramente a RSS. Adepto do celibato, as regras de vida e a visão da Índia dos nacionalistas hindus faziam sentido para o jovem que se comprometeu com o ativismo e o vegetarianismo desde muito cedo. Até hoje Modi não fuma nem bebe.
Política controversa
Em 1992, Modi se transferiu para o Bharatiya Janata (BJP), partido mais próximo do RSS, mas com um modelo de organização e um objetivo que serviam melhor às suas convicções.
Figura polarizadora na política indiana, a campanha de Modi foi concentrada nas dificuldades econômicas que a Índia atravessa, e em suas origens humildes. Excelente orador e popular, era comum encontrar indianos usando uma máscara com sua imagem durante a campanha, ele é frequentemente chamado de estrela mais brilhante do BJP. Em tempos de eleições, barracas de chá em toda a Índia oferecem a bebida em copos de papel com fotos de Modi.
Governador do estado de Gujarat desde 2001, Modi é considerado um líder eficiente que transformou a região em uma potência econômica. Mas os feitos não aplacam a desconfiança de parte do eleitorado: ele também é acusado de fazer pouco para deter os conflitos religiosos que deixaram mais de mil mortos em seu estado em 2002. A maioria das vítimas eram membros da minoria muçulmana. Modi nega qualquer envolvimento no massacre.


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